segunda-feira, outubro 20, 2025
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Alep debate como os aspectos socioculturais influenciam a prática do bullying

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A Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Paraná realizou um ciclo de palestras sobre a influência dos aspectos socioculturais na prática do bullying entre crianças e adolescentes. O encontro, presidido pelo deputado Nelson Justus (UB), ocorreu no Plenarinho Deputado Luiz Gabriel Sampaio e reuniu educadores, psicólogos e representantes da segurança pública para discutir o papel da família, da escola e da sociedade na prevenção e no enfrentamento desse tipo de violência, presente também em ambientes virtuais.

Os palestrantes destacaram que o bullying, frequentemente subnotificado, provoca impactos emocionais duradouros nas vítimas. A psicóloga e neuropsicóloga Fabiana Canda defendeu a necessidade de acolhimento e incentivo à denúncia para interromper o ciclo de agressões. Ela enfatizou que o silêncio alimenta comportamentos abusivos e reforçou a importância de estratégias preventivas, como espaços de escuta e diálogo sobre saúde mental.

Segundo Fabiana, a ausência de debates nas instituições de ensino e no ambiente familiar contribui para a perpetuação do problema. Ela apontou que traumas causados por agressões físicas, verbais ou psicológicas podem refletir na vida adulta, afetando autoestima e desenvolvimento social. A palestrante ressaltou que, ao fortalecer a vítima para relatar os fatos, a escola pode responsabilizar o agressor e adotar medidas corretivas.

O coronel Jorge Costa Filho, da Polícia Militar do Paraná, destacou que o comportamento dentro de casa influencia diretamente a formação das crianças. Para ele, exemplos negativos observados no convívio familiar podem estimular atitudes de desrespeito. O oficial mencionou diferentes formas de bullying, como o físico, verbal, psicológico, material, cibernético e discriminatório, e alertou para o crescimento dos casos nas redes sociais, impulsionados pela busca por aprovação pública.

Costa Filho lembrou que a legislação prevê responsabilização em diferentes esferas. Menores de 12 anos estão sujeitos à responsabilização dos responsáveis; adolescentes podem receber medidas socioeducativas; e adultos podem ser condenados a penas de até quatro anos de prisão, além de serem obrigados a indenizar vítimas por danos emocionais e custos de tratamento.

O advogado Gustavo Barbosa Camargo, especialista em Direito Educacional, reforçou que a escola ocupa posição estratégica no combate ao bullying, especialmente diante de dados que apontam o registro de um caso escolar a cada sete minutos no Brasil. Ele defendeu a adoção de protocolos claros para acolhimento de vítimas, identificação de agressores e envolvimento das famílias.

Camargo alertou que instituições podem ser responsabilizadas criminalmente em casos de omissão, principalmente quando não possuem regras definidas, falham na documentação dos episódios ou deixam de adotar providências. Ele destacou a necessidade de vigilância constante e de comunicação ativa entre educadores e responsáveis.

O debate reforçou a importância de ações integradas entre família, escola e poder público, com foco em prevenção, educação emocional e conscientização sobre os impactos sociais e legais do bullying.

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