A Polícia Civil desarticulou uma organização criminosa conhecida como piratas do asfalto que roubavam sacoleiros que chegavam para compras no Paraguai ou partiam com as compras, geralmente com armamentos pesados e violência. Setenta agentes executam onze mandados judiciais na cidade fronteiriça.
A força-tarefa, que inclui efetivos da PM e da Guarda Municipal, busca apreender equipamentos ilegais e coletar evidências. Os investigados são acusados de praticarem os crimes na BR-277 e BR-469.
Dados das apurações revelam que os suspeitos exibiam publicamente arsenais em plataformas digitais. Vídeos mostravam disparos realizados em áreas urbanas, violando leis de controle de armas.
Segundo autoridades, o modus operandi inclui ataques a veículos em movimento, prática denominada “pirataria do asfalto”. O esquema atuava principalmente nas BR-277 e BR-469, rotas estratégicas para o turismo na Tríplice Fronteira.
O grupo de inteligência da PC-PR identificou pelo menos quinze episódios relacionados ao mesmo grupo nos últimos seis meses. As vítimas eram frequentemente abordadas em trechos isolados das estradas.
“O objetivo é interromper essas atividades e garantir segurança aos viajantes”, declarou o delegado responsável pelas investigações. Equipes especializadas em crimes violentos participam da operação.
Armas de diferentes calibres foram encontradas durante as buscas. Peritos trabalham para vincular os artefatos a crimes específicos registrados na região.
Autoridades alertam sobre o aumento de ocorrências desse tipo no primeiro semestre de 2024.
Os alvos da operação podem responder por formação de quadrilha, além de outros artigos do Estatuto do Desarmamento. Caso condenados, as penas podem ultrapassar dez anos de prisão.
A PC-PR mantém canal para receber informações sobre atividades suspeitas.
Especialistas em segurança pública destacam a importância do monitoramento digital para combater organizações criminosas. “As redes sociais tornaram-se ferramentas tanto para investigação quanto para ostentação ilegal”, explica um analista.
Material apreendido será encaminhado ao Instituto de Criminalística. Novas diligências estão previstas para os próximos dias, com possível expansão das investigações para outros estados.
O Ministério Público do Paraná acompanha o caso e deve oferecer denúncia assim que concluído o inquérito.