Uma pesquisa trouxe um alerta: os ftalatos, compostos químicos amplamente utilizados em produtos do cotidiano como embalagens plásticas, cosméticos e brinquedos infantis, podem ter contribuído para mais de 10% das mortes globais por doenças cardíacas em 2018 entre pessoas de 55 a 64 anos.
O estudo, que analisou dados de 200 países, revela que o ftalato DEHP (Di(2-etilhexil)ftalato) estaria associado a aproximadamente 368 mil mortes anuais por problemas cardiovasculares, com a África registrando 30% desses óbitos e o Leste Asiático e Oriente Médio respondendo por 25%.
O Dr. Leonardo Trasande, um dos autores da pesquisa, explica que esses compostos promovem inflamação nas artérias coronárias, podendo acelerar doenças existentes e levar a eventos cardiovasculares graves.
Além dos riscos ao coração, estudos anteriores já haviam associado os ftalatos a diversos problemas de saúde, incluindo distúrbios reprodutivos em homens, como malformações genitais em bebês e redução nos níveis de testosterona em adultos, além de asma, obesidade infantil e alguns tipos de câncer.
A exposição a essas substâncias ocorre principalmente através da inalação de partículas, consumo de alimentos que tiveram contato com plásticos e uso de produtos de higiene pessoal. Presentes em uma infinidade de itens, desde tubulações médicas e pisos vinílicos até embalagens de alimentos e cosméticos, os ftalatos se tornaram praticamente onipresentes no ambiente moderno.
Diante dos resultados, especialistas recomendam medidas para reduzir a exposição, como evitar aquecer plásticos no micro-ondas ou lava-louças, preferir recipientes de vidro ou aço inoxidável para armazenar alimentos, optar por produtos frescos em vez de enlatados, escolher itens de higiene sem fragrâncias artificiais e lavar as mãos com frequência. Enquanto organizações ambientais reforçam os riscos desses compostos, a indústria química destaca os benefícios de algumas variedades de ftalatos.
Os pesquisadores envolvidos no estudo ressaltam que, embora sejam necessárias mais investigações para compreender plenamente os efeitos dos ftalatos na saúde humana, os resultados já apontam para a importância de políticas regulatórias mais rigorosas e da busca por alternativas mais seguras na fabricação de produtos de uso cotidiano.
A pesquisa serve como um alerta sobre os potenciais riscos de substâncias químicas amplamente utilizadas e que fazem parte do nosso dia a dia, muitas vezes sem que tenhamos consciência de sua presença ou dos possíveis efeitos à saúde.
Encontrar orientações claras sobre alimentação para a saúde cerebral e vascular pode ser desafiador. As informações conflitantes sobre quais alimentos são benéficos ou prejudiciais deixam muitas pessoas confusas sobre o que realmente deveria estar em seus pratos.
Para esclarecer essa questão, consultamos nutricionistas que analisaram as evidências científicas e identificaram seis alimentos que são malvistos mas que podem ajudar a diminuir o risco de acidente vascular cerebral.
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