O ferro é um mineral fundamental para o funcionamento do corpo, mas sua obtenção por meio da carne vermelha pode trazer efeitos adversos à saúde. Estudos indicam que consumir mais de uma porção semanal de carne vermelha está associado a um aumento no risco de desenvolver diabetes tipo 2, e pesquisas mais recentes apontam que carnes vermelhas processadas estão ligadas a maiores riscos de doenças como câncer e demência.
Ainda assim, uma revelou que uma alta porcentagem de pessoas pode sofrer de deficiência de ferro sem saber, o que pode provocar sintomas como cansaço excessivo, palpitações, dores de cabeça, dificuldade de concentração e sensação de pernas inquietas. Para atingir a ingestão diária recomendada de ferro, cerca de 8 miligramas para homens adultos e 18 miligramas para mulheres adultas, não é necessário consumir carne vermelha.
Segundo a nutricionista Meggie Connelly, é possível obter ferro de alimentos de origem vegetal como lentilhas, feijões, tofu, sementes de abóbora e espinafre. Ela também destaca frutos do mar como ostras, mariscos e sardinhas como ótimas fontes do mineral. A nutricionista Qianzhi Jiang, lembra que os pães e cereais fortificados também são importantes fontes de ferro, sendo que cerca da metade do ferro consumido na dieta vem desses produtos.
Contudo, o ferro encontrado em fontes vegetais como leguminosas e nozes precisa passar por um processo de transformação antes de ser absorvido pelo organismo, e por isso é recomendável combiná-lo com alimentos ricos em vitamina C para facilitar a absorção. Caso ainda haja dúvidas sobre a ingestão adequada de ferro, o uso de suplementos pode ser considerado, desde que com orientação médica.
Segundo Jiang, os suplementos devem ser encarados como fontes complementares de vitaminas e minerais, não como substitutos da alimentação natural, pois obter nutrientes por meio de alimentos integrais permite que o organismo aproveite melhor os benefícios de cada substância, além de reduzir os riscos de consumo excessivo.