sábado, julho 26, 2025
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Gangue da correntinha volta a atacar

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As imagens impressionam pela brutalidade. Um idoso caminha tranquilamente pela Praça Generoso Marques, no Centro de Curitiba, quando é cercado por cinco homens em bicicletas. Em poucos segundos, ele é derrubado, arrastado e agredido violentamente, tudo isso à luz do dia e diante de várias testemunhas. A cena de extrema violência, gravada pelas câmeras da Muralha Digital, mostra os agressores agindo com total desprezo pela presença de outras pessoas, como se estivessem em um local sem qualquer autoridade.

O registro foi fundamental para a prisão de três membros da chamada “gangue da correntinha”, que vinha atuando com uma série de furtos e roubos de celulares, correntes e relógios na região central da cidade. As imagens, captadas em 16 de junho, impulsionaram uma nova etapa da Operação Centro Seguro, criada para restabelecer a segurança naquela área.

Dois dos suspeitos foram presos em locais de grande movimento no centro: Praça Zacarias e Rua Marechal Deodoro. O terceiro foi localizado em sua residência, no bairro Xaxim. Outros dois integrantes do grupo seguem foragidos. A ação foi conduzida por uma força-tarefa envolvendo a Guarda Municipal, inclusive o Grupo Tático de Motos, além da Polícia Civil, Polícia Penal e a equipe da Muralha Digital, que passou a acompanhar os passos do grupo logo após o ataque ao idoso.

Segundo o secretário de Defesa Social e Trânsito, Rafael Vianna, os primeiros relatos surgiram nas redes sociais. A partir das publicações, a equipe buscou imagens da Muralha Digital e identificou os envolvidos. Vianna classificou o comportamento da quadrilha como extremamente violento e destacou que dois dos suspeitos estavam usando tornozeleiras eletrônicas no momento da prisão. Segundo ele, os criminosos atuavam sempre de bicicleta, agindo em plena luz do dia com brutalidade, diante de inúmeras testemunhas, como se ignorassem completamente a presença da lei.

Apesar das prisões, a Polícia Civil agora busca localizar formalmente as vítimas dos ataques. O delegado Danilo Zarlenga, titular do 1º Distrito Policial, explicou que o idoso agredido na frente do Paço da Liberdade ainda não foi identificado e reforçou o pedido para que ele, ou qualquer outra vítima do grupo, procure o distrito para registrar boletim de ocorrência e realizar o reconhecimento dos agressores.

Zarlenga informou ainda que os suspeitos já são conhecidos da polícia e respondem por associação criminosa. Segundo ele, os grupos atuam em diferentes bairros da cidade, como Centro, Água Verde e Batel, repetindo o mesmo tipo de crime. “Esses cinco já haviam sido presos anteriormente, desde 2019. O que mais chama atenção é a violência gratuita contra um idoso. Eles o empurram, agridem e agem como se fossem impunes, mas não são”, afirmou.

A polícia continua as investigações para localizar os dois criminosos que ainda estão foragidos e reforça o apelo para que o idoso agredido, ou qualquer outra vítima, vá até o 1º Distrito Policial de Curitiba, na Rua André de Barros, e formalize a denúncia, ajudando a interromper o ciclo de violência imposto por essas quadrilhas.

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