O governo do Paraná conseguiu diminuir as ocorrências de crimes ambientais contra flora no primeiro semestre de 2025 em 35,6%, colocando em um patamar de guardião do meio ambiente.
Entre janeiro e junho foram emitidos 1.763 Autos de Infração Ambiental (AIA) ante 2.737 ocorrências registradas no mesmo período do ano passado.
A redução que se refletiu também no valor total das advertências, que passaram, no recorte de seis meses, de R$ 69,3 milhões em 2024 para R$ 46,07 milhões neste ano (-33,6%).
Entre as infrações verificadas no período estão o desmatamento ilegal do bioma, a movimentação do solo de maneira irregular em áreas de regeneração natural, o transporte de madeiras sem procedência legal e o funcionamento de madereiras clandestinas.
O valor recolhido pelo Estado com as infrações é repassado integralmente ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. A reserva financeira tem como finalidade financiar planos, programas ou projetos que objetivem o controle, a preservação, a conservação e a recuperação do meio ambiente, conforme a Lei Estadual 12.945/2000.
Os dados revelam ainda que as regionais de Francisco Beltrão (272), Curitiba (245), Guarapuava (186), Ponta Grossa (144), Litoral (126), Irati (122) e Pato Branco (101) foram as que mais aplicaram advertências no primeiro semestre.
Do outro lado do ranking, entre os que menos emitiram multas, estão os núcleos das regiões de Cianorte (16), Maringá (21), Paranavaí (25), Foz do Iguaçu (26) e Cornélio Procópio (26). “Hoje identificamos o desmatamento ilegal por meio de satélite e constatamos o dano ambiental que foi praticado com maior rapidez. Utilizamos helicópteros, drones, além de organizamos forças-tarefas de combate ao crime. Tudo isso tem um pacto muito siginificativo”, ressalta Goes.
É justamente o rigor no serviço de fiscalização, reforçou ele, um dos pilares da redução do desflorestamento e de outros crimes ambientais no Estado, como a pesca predatória e a ocupação irregular do solo.
Por meio da vigilância, o Paraná conseguiu reduzir em 64,9% a supressão ilegal da Mata Atlântica ao longo do ano passado. A área desmatada no Estado passou de 1.230 hectares em 2023 para 432 hectares em 2024, segundo levantamento da Plataforma MapBiomas, uma iniciativa do Observatório do Clima.
Além disso, também com base em dados do MapBiomas, 75% dos municípios do Paraná ampliaram a área de mata nativa entre 2019 e 2023 e 71% das cidades paranaenses tiveram desmatamento zero em 2024.