sábado, julho 19, 2025
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Descoberta tumba mais antiga que as pirâmides egípcias

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A recente descoberta de estruturas conhecidas como “pirâmides polonesas”, datadas de cerca de 5.500 anos, evidencia um modo único adotado pelas antigas sociedades agrícolas da Europa para sepultar seus mortos. Encontradas por uma equipe da Universidade Adam Mickiewicz durante um trabalho de campo de rotina, utilizando tecnologia avançada de sensoriamento remoto, as formações inicialmente foram identificadas como misteriosos relevos no solo. Após análise detalhada, confirmou-se que se tratavam de longas tumbas de terra pertencentes à cultura Funnelbeaker, do período Neolítico.

Para localizar precisamente os túmulos após a descoberta preliminar, os arqueólogos recorreram à varredura a laser por meio aéreo, seguida por escavações no solo. As chamadas pirâmides polonesas, também apelidadas de “camas de gigantes”, estão situadas no Parque Paisagístico General Dezydery Chłapowski e possuem o formato de um trapézio alongado, com algumas estruturas chegando a medir até 200 metros de comprimento. O lado leste é mais largo e alto que o lado oeste, resultando em uma forma triangular ou semelhante a uma cauda, o que segundo especialistas, reflete o estilo arquitetônico das habitações utilizadas por culturas neolíticas da região.

Apesar de raramente ultrapassarem 4 metros de altura, o tamanho e o desenho singular dessas estruturas fazem delas um marco visual impressionante na paisagem da Polônia. A descoberta mais recente é apenas a segunda do tipo na região, embora haja mais registros dessas construções no noroeste do país. Tradicionalmente, essas tumbas eram cobertas com pedras arredondadas e grandes blocos eram colocados na entrada, alguns chegando a pesar até 10 toneladas, o que demonstra o notável domínio técnico e o trabalho coletivo empregado por esses povos.

De acordo com Artur Golis, especialista em proteção ambiental e paisagística do parque, os maiores blocos que formavam a entrada das tumbas desapareceram ao longo dos séculos, provavelmente reaproveitados por populações locais em outras construções. Embora os campos onde se localizam essas pirâmides fossem utilizados como cemitérios comunitários, apenas figuras importantes da sociedade eram sepultadas dentro das tumbas. Normalmente, cada uma continha um único esqueleto, provavelmente de um líder, posicionado de forma ereta e acompanhado de oferendas funerárias, sendo a parte superior da tumba recoberta por pedras.

Segundo Golis, cada geração erguia seu próprio monumento megalítico, prestando homenagem àqueles que tiveram um papel essencial em suas comunidades. Apesar de nenhum esqueleto ter sido encontrado na tumba recém-descoberta, os arqueólogos ainda esperam localizar artefatos funerários nas proximidades, possivelmente machados e peças de cerâmica. Esses objetos, conforme explica Golis, podem fornecer novas informações sobre a vida espiritual e cotidiana dos povos da cultura Funnelbeaker.

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