segunda-feira, julho 14, 2025
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Os castings mais bizarros em filmes baseados em jogos

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Conseguir o elenco certo para um filme é uma das etapas essenciais para garantir um bom resultado. Durante anos, adaptações de videogames foram vistas como apostas arriscadas, especialmente nos anos 1990, marcados por produções em que os atores pouco entendiam o material original e por decisões de elenco que pareciam aleatórias. Um exemplo recente é o novo filme de Street Fighter, cujas escolhas de elenco vêm confundindo os fãs quanto ao tom pretendido pela produção. Nomes como Orville Peck como Vega, David Dalsmatian como M. Bison e os campeões de luta livre Hirooki Goto como E. Honda e Cody Rhodes como Guile vêm gerando reações intensas. Isso inspirou uma seleção de alguns dos elencos mais inusitados já vistos em adaptações de jogos.

Entre os mais discutidos está Tom Holland como Nathan Drake em Uncharted (2022). O personagem sempre foi conhecido por seu ar experiente, sarcástico e vivido, qualidades que Holland, com seu visual juvenil e energia mais leve, não conseguiu transmitir para muitos fãs, mesmo com a proposta do filme de ser uma espécie de prelúdio. Já Chris Pratt como Mario em Super Mario Bros. (2023) decepcionou ao prometer algo novo, mas entregar apenas sua própria voz. Apesar de funcionar com o público infantil e garantir o sucesso do filme, sua escalação ainda soa como uma busca por apelo de bilheteria, não autenticidade. Jim Carrey como Dr. Robotnik em Sonic foi inicialmente visto com desconfiança, mas acabou conquistando o público ao imprimir uma energia caótica e cômica que se encaixou perfeitamente na franquia.

Taboo como Vega em Street Fighter: The Legend of Chun-Li (2009) é lembrado pelo desperdício do personagem: o elegante e vaidoso lutador foi reduzido a um ninja sem carisma, com falas genéricas e nenhuma presença. Jamie Lee Curtis como Patricia Tannis em Borderlands (2024) representou um erro de tom e idade: a personagem dos jogos, normalmente jovem e excêntrica, tornou-se apenas uma figura expositiva e sem impacto. Christopher Lambert como Raiden em Mortal Kombat (1995) destoou totalmente da inspiração japonesa do personagem, entregando uma atuação mais próxima de um mago europeu excêntrico do que de um deus do trovão, o que só acentuou o desconforto gerado pela escolha de um ator branco para o papel.

Raul Julia como M. Bison em Street Fighter (1994), por outro lado, se tornou inesquecível. Mesmo em um filme cheio de decisões questionáveis, sua atuação teatral e intensa deu vida a um vilão memorável, com falas que soam quase como poesia insana. Já Dennis Hopper como Presidente Koopa em Super Mario Bros. (1993) protagonizou uma das escolhas mais bizarras, encarnando um vilão confuso e caricato em um filme caótico e desorientado, resultado de um roteiro reescrito diversas vezes. Jake Gyllenhaal como o Príncipe da Pérsia em Sands of Time (2010) é um exemplo claro de whitewashing, com o ator branco tentando convencer com um bronzeado artificial e um sotaque forçado, algo que ele mesmo viria a lamentar mais tarde. Por fim, Ryan Reynolds como Pikachu em Detetive Pikachu (2019) causou estranheza ao ser anunciado, mas acabou sendo um risco que valeu a pena. Sua performance, carismática e cheia de humor, deu personalidade ao personagem de forma surpreendente, garantindo ao filme um lugar de destaque nas adaptações de games.

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