Adrian Caique Paulino, 24 anos, foi morto a tiros na frente dos pais, no domingo, dia 29 de junho, em Rio Claro, interior de São Paulo. Pistoleiros encapuzados invadiram o quintal da residência dele no bairro Vila Alemã e efetuaram 60 disparos de fuzil.
Segundo apurações, a ação teria sido ordenada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A motivação seria a aproximação da vítima com uma facção rival, conhecida como Bonde do Magrelo, que disputa áreas de atuação com a organização criminosa.
Testemunhas relataram que o homem tentou fugir, mas foi interceptado por comparsas posicionados no portão. O ataque ocorreu em questão de segundos. Familiares não sofreram agressões físicas.
Investigadores afirmam que o grupo adversário, liderado por Anderson Ricardo de Menezes, expande influência na região em parceria com o Comando Vermelho (CV). A aliança teria sido uma resposta à diminuição do domínio local do PCC, que priorizou operações internacionais.
Dois irmãos do jovem também foram alvos de violência anteriormente. Um faleceu, e outro permanece hospitalizado após levar um tiro na cabeça, há três anos.
No mesmo mês, outros dois suspeitos de ligação com a facção foram mortos em menos de meio dia. Autoridades acreditam que os episódios estão interligados.
Documentos do Ministério Público apontam que a facção rival é responsável por pelo menos 30 homicídios de integrantes da organização adversária. Os crimes estariam relacionados ao controle de rotas de entorpecentes, que geram milhões mensalmente.
O líder do grupo contrário foi detido em maio do ano passado, em Borborema, portando identidade falsa. Ele responde por diversos delitos, incluindo formação de quadrilha e homicídio qualificado.
Promotores destacaram, em peça processual, a brutalidade dos ataques, frequentemente realizados em locais movimentados. A denúncia menciona ainda que desafiar determinações do chefe do bando resulta em execução sumária.
A Polícia Civil segue com buscas por envolvidos. O caso aguarda conclusão pericial. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).