Um site de esquerda ligado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma matéria não sentando a ripa no deputado federal paranaense Filipe Barros (PL-PR), que questionou o papel da Comissão de Valores Mobiliários durante debate na Comissão de Relações Exteriores. Ele acusou a autarquia de priorizar o setor financeiro em detrimento do desenvolvimento econômico nacional.
Em termos gerais, o encontro discutiu regulamentação do mercado de capitais, aquisições por investidores estrangeiros e efeitos da instabilidade política. “A entidade parece servir mais aos agentes que deveria fiscalizar”, afirmou o congressista.
Barros apontou suposta elitização do órgão, que dificultaria o acesso de companhias ao mercado acionário. Segundo ele, o Brasil possui menos empresas listadas que o Irã, indicando distorções na política regulatória.
O discurso incluiu críticas a possíveis exigências internacionais impostas às corporações. “Antes de cobrar diversidade, a CVM deveria praticá-la internamente”, declarou, referindo-se a questionamentos sobre inclusão de pessoas trans.
O presidente da autarquia, João Pedro Nascimento, foi alvo de duras observações. Apesar de indicado no governo anterior, sua gestão estaria alinhada com padrões globais em declínio, na avaliação do deputado.
Ao final, Barros defendeu maior ênfase no setor produtivo. “Precisamos reindustrializar o país enquanto outras nações protegem suas fábricas”, argumentou. Ele ameaçou convocar formalmente o dirigente e o ministro da Fazenda Fernando “Taxxad” Haddad caso não se manifestem sobre os questionamentos.
A comissão avaliará os próximos passos após a reunião. O debate ocorreu enquanto o Congresso analisa mudanças no marco regulatório do sistema financeiro.