O universo está em constante movimento. Já foram encontrados indícios da existência de buracos negros e planetas errantes, e novas pesquisas sugerem que uma estrela em movimento pode estar se aproximando de algum ponto do espaço. Caso essa estrela passasse perto demais do nosso sistema solar, isso poderia desencadear consequências catastróficas, como empurrar a Terra em direção ao Sol ou até mesmo ejetar o planeta completamente para fora do sistema solar.
Embora as chances de isso acontecer não sejam nulas, elas também não são altas. Ainda assim, trata-se de uma possibilidade que vem sendo investigada por cientistas. De acordo com um estudo, a passagem de uma estrela próxima poderia gerar um impacto muito mais grave do que se imaginava anteriormente. Entre os piores cenários está a completa ejeção da Terra do sistema solar ou sua queda de volta no Sol, possibilidades extremas que, embora altamente improváveis, não podem ser totalmente descartadas. Isso reforça o entendimento de que o universo é um ambiente imprevisível, o que justifica os esforços contínuos de agências como a NASA no desenvolvimento de sistemas de defesa contra asteroides, por exemplo.
O motivo pelo qual uma estrela em trânsito poderia causar tanto caos é a força gravitacional adicional que ela traria para a região do sistema solar. Essa influência gravitacional poderia desestabilizar as órbitas de vários planetas, principalmente os mais externos. Os pesquisadores afirmam que, ao longo dos próximos bilhões de anos, esse tipo de interação pode tornar as órbitas dos planetas externos cada vez mais instáveis, afetando, por consequência, os demais corpos celestes do sistema. Há até estudos que sugerem que, caso tivesse existido um planeta entre Marte e Júpiter, sua presença poderia ter tirado a Terra de sua órbita atual.
Esse tipo de preocupação já foi debatido diversas vezes ao longo dos anos, especialmente em relação ao impacto que alterações na órbita de Júpiter poderiam causar. Mesmo um leve desvio na trajetória desse planeta gigante poderia provocar mudanças profundas na órbita terrestre. Como a Terra é, até hoje, o único planeta conhecido localizado na chamada “zona habitável” de uma estrela — uma faixa onde a temperatura permite a existência de água líquida — qualquer alteração significativa na sua trajetória poderia comprometer drasticamente a sobrevivência da humanidade. Felizmente, é muito provável que qualquer estrela em rota de aproximação seja detectada com bastante antecedência, o que daria tempo para os cientistas estudarem e compreenderem os riscos antes que algo grave ocorresse.
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