terça-feira, junho 24, 2025
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Quer viver mais? Durma mais

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Muitos artigos oferecem conselhos úteis sobre hábitos saudáveis que melhoram a qualidade e a duração da vida, como caminhar dez mil passos por dia, adotar uma dieta baseada em vegetais, manter-se hidratado e registrar sentimentos em um diário. Embora todos esses hábitos sejam importantes, seu impacto é ampliado quando estão acompanhados de um fator muitas vezes negligenciado: o sono. Cerca de um terço dos adultos não dorme o mínimo necessário, o que pode levar a diversos problemas físicos e mentais, aumento do risco de lesões, redução da produtividade e até morte precoce.

Dormir bem é uma das medidas mais importantes para preservar a saúde. Segundo especialistas, o sono afeta diretamente todos os sistemas do corpo. É essencial para o bem-estar físico, cognitivo e emocional. Estudos associam o sono adequado à longevidade, pois ele mantém a estabilidade do genoma, reduz o estresse oxidativo e protege os telômeros, estruturas ligadas ao envelhecimento. Dormir bem também favorece a neuroplasticidade, essencial para o aprendizado e a memória, além de regular hormônios ligados ao apetite, influenciando no controle do peso e na prevenção de doenças metabólicas.

Pesquisas sugerem que o sono profundo (fase de ondas lentas do sono não REM) protege contra a perda de memória associada à doença de Alzheimer. Além disso, mesmo uma única noite de privação parcial de sono pode provocar resistência à insulina, afetando negativamente o metabolismo. A qualidade e regularidade do sono também estão ligadas a menor mortalidade geral e a menor incidência de doenças cardiovasculares.

A quantidade ideal de sono varia de pessoa para pessoa. Em geral, adultos entre 18 e 64 anos devem dormir de sete a nove horas por noite, enquanto adultos mais velhos precisam de sete a oito. Um sinal de que você está dormindo bem é acordar revigorado e com energia para o dia. No entanto, dormir em excesso também pode ser prejudicial, aumentando o risco de mortalidade.

Para melhorar o sono, é importante criar um ambiente propício: manter o quarto fresco, escuro e silencioso, e adotar algumas estratégias. Dormir e acordar no mesmo horário todos os dias ajuda a regular o relógio biológico. A exposição ao sol pela manhã melhora a vigília e estimula o sono à noite. Monitorar o próprio sono com tecnologias pode oferecer informações valiosas sobre padrões e necessidades pessoais. Cochilos curtos, com menos de 30 minutos, são úteis para recuperar energia, mas em casos de maior privação, um cochilo de 90 minutos pode ser mais indicado. Criar um período de transição antes de dormir, com atividades relaxantes como um banho quente, leitura leve, meditação ou exercícios respiratórios, também favorece o descanso.

Se houver comportamentos anormais durante o sono, como movimentos involuntários, roncos intensos, dores de cabeça matinais ou insônia frequente, isso pode indicar distúrbios que exigem avaliação profissional. Abrir mão do sono para cumprir compromissos pode parecer inofensivo, mas dormir mal afeta muito mais do que o humor ou o foco. Priorizar o sono é essencial para o funcionamento ideal do corpo e da mente, e para uma vida longa e saudável. Por isso, durma sem culpa, cochile quando necessário e trate o sono como um pilar da sua saúde.

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