Esqueça jogos cerebrais complicados ou suplementos caros – uma das formas mais fáceis de turbinar sua memória pode ser tão simples quanto uma caminhada ou alongamentos suaves. Uma nova pesquisa da Universidade de Tsukuba revela que até mesmo atividades físicas leves podem provocar mudanças significativas no cérebro, particularmente no hipocampo, região responsável pela formação e armazenamento de memórias.
O estudo descobriu que exercícios de baixa intensidade – como ioga, alongamento ou uma caminhada rápida – aumentam a liberação de dopamina e noradrenalina, dois neurotransmissores cruciais para aprendizagem e memória. Essas alterações foram associadas ao aumento de atividade em áreas-chave do tronco cerebral: a área tegmental ventral (que produz dopamina) e o locus coeruleus (que produz noradrenalina). Quando essas regiões se tornam mais ativas durante o movimento, elas estimulam o hipocampo, dando um impulso natural ao desempenho da memória.
O mais interessante dessas descobertas é a acessibilidade dessa estratégia. Diferente de treinos intensos ou exercícios especializados, atividades leves não exigem equipamentos, demandam pouco tempo e podem ser facilmente incorporadas à rotina diária. Uma caminhada matinal, uma sessão de alongamento à tarde ou até alguns minutos de ioga antes de dormir podem fazer, coletivamente, uma diferença perceptível na função cognitiva com o tempo.
Enquanto os pesquisadores continuam explorando todo o impacto do exercício no cérebro, este estudo destaca uma conclusão clara: movimento, mesmo em pequenas doses, pode ser uma ferramenta poderosa para manter a memória e a saúde cerebral. Então, da próxima vez que precisar reter informações ou manter a mente afiada, considere fazer uma caminhada curta e revigorante – pode ser exatamente o que seu cérebro precisa. Quanto à possibilidade de futuras “pílulas de exercício” replicarem esses benefícios? Essa é uma pergunta que a ciência ainda está trabalhando para responder.