O diretor adjunto da prefeitura de Campo Magro, Rodrigo José da Silva, foi morto durante operação policial na divisa com o Paraná, acompanhado de um criminoso procurado por diversos delitos, quando a dupla foi interceptada pelo Batalhão de Operações Especiais catarinense, colocando em xeque o sistema de contratações na administração do prefeito Bozinha.
Segundo relatório policial, o servidor percorreu mais de 400 quilômetros para buscar Ricardo Martins – que usava documento falso no nome de Gilvani de Oliveira.
O comparsa, foragido da justiça, era investigado por financiar o tráfico de armas e participação no assassinato de um militar.
Durante a abordagem na BR-280, os ocupantes do veículo Hyundai Elantra reagiram a tiros contra os agentes, resultando no confronto fatal.
Este é o terceiro escândalo envolvendo gestores municipais de Campo Magro em menos de 72 horas.
Dois secretários haviam sido exonerados na véspera por suposta participação em tentativa de roubo a residência de luxo na capital paranaense.
A prefeitura, questionada sobre possíveis antecedentes do funcionário morto, restringiu-se a confirmar o vínculo empregatício sem fornecer detalhes adicionais.
A Polícia Civil assumiu as investigações para apurar possíveis conexões entre os casos e eventuais infiltrações do crime organizado na administração pública.
Especialistas em segurança alertam para a necessidade de maior rigor nos processos de admissão para cargos comissionados, especialmente em municípios com histórico de envolvimento de agentes públicos com atividades ilícitas.
O Ministério Público anunciou que irá fiscalizar os procedimentos de nomeação na gestão municipal.