Agentes da Polícia Civil do Paraná (PCPR) realizaram uma operação em estabelecimentos comerciais dos bairros Boqueirão, Alto Boqueirão, Uberaba e Hauer, na capital paranaense. prendendo quatro pessoas. A ação, conduzida em parceria com a Polícia Militar (PMPR) e a Guarda Municipal (GM), tem como objetivo reprimir o furto e o comércio ilegal de fios de cobre, que vem causando transtornos à população e prejuízos a empresas de infraestrutura.
Ao todo, 14 locais que trabalham com reciclagem de metais estão sendo inspecionados para identificar possíveis envolvimentos com crimes. A força-tarefa conta com 12 investigadores da PCPR, além de seis viaturas da PMPR e outras seis da GM, garantindo ampla cobertura na região.
Durante as buscas, os agentes encontraram 51 unidades de crack, 12 embalagens de cocaína, sete porções de haxixe e dinheiro em notas totalizando R$ 146.
Além das substâncias ilícitas, foram localizados 25 kg de fios de telecomunicações e 5 kg de cabos jumper, materiais frequentemente alvo de roubos na região.
As abordagens ocorreram em pontos estratégicos da cidade, onde há histórico de comércio ilegal de drogas e receptação de artigos furtados. Testemunhas relataram que os locais fiscalizados eram utilizados como pontos de venda de narcóticos e armazenamento de objetos provenientes de crimes contra o patrimônio.
Segundo autoridades, as apreensões interromperam parte do abastecimento de drogas em comunidades vulneráveis e dificultaram a atuação de redes especializadas em furtos de cabos metálicos. Os autuados por irregularidades urbanas receberam multas que somam R$ 15 mil, por descumprimento de normas municipais. Os investigados pelos crimes foram encaminhados ao sistema prisional e responderão pelos atos na Justiça.
A iniciativa integra uma estratégia conjunta entre órgãos estaduais e municipais para reduzir delitos relacionados ao material, que frequentemente é alvo de roubos devido ao seu alto valor no mercado clandestino. Representantes da Copel, Sanepar e empresas de telecomunicações também participam do trabalho, auxiliando na identificação de furtos que afetam serviços públicos.
“A receptação desses materiais estimula a continuidade dos furtos, causando não só danos econômicos, mas também interrupções no abastecimento de energia, funcionamento de sinais de trânsito e redes de comunicação”, explica o delegado Hormínio Lima. Dados recentes indicam que, somente neste ano, mais de 1.200 ocorrências do tipo foram registradas no estado, com prejuízos superiores a R$ 3 milhões. A operação também busca conscientizar donos de ferros-velhos sobre a importância de exigir documentação que comprove a origem dos produtos adquiridos.