A Prefeitura de Cambará, no norte do Paraná, informou que uma menina de 12 anos picada por um escorpião deu entrada no pronto atendimento municipal às 18h06. Cerca de 30 minutos depois, começou a apresentar sintomas de envenenamento, como calafrios, náuseas e extrema fraqueza.
Diante da gravidade do quadro, a equipe médica solicitou a transferência da paciente para uma unidade hospitalar que possuía o soro antiescorpiônico disponível. No entanto, durante o deslocamento, o estado clínico da criança piorou, o que obrigou o retorno imediato ao hospital da cidade.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a 19ª Regional de Saúde enviaram o antídoto até Cambará, permitindo a estabilização da menina antes do novo encaminhamento ao Hospital Universitário de Londrina, localizado a aproximadamente 130 quilômetros do município.
Apesar dos esforços médicos, a vítima não resistiu e morreu na manhã de segunda-feira.
Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Saúde lamentou o falecimento e esclareceu que o município ainda não mantém o soro antiescorpiônico em estoque, pois precisa cumprir exigências técnicas e estruturais estabelecidas pela Secretaria da Saúde para armazenamento e aplicação segura do medicamento.
O órgão informou também que Cambará está em processo de adequação para atender aos requisitos necessários e, assim, garantir uma resposta mais rápida em futuras emergências envolvendo acidentes com animais peçonhentos.
A prefeitura reforçou ainda a importância de medidas preventivas para evitar a presença de escorpiões em residências e áreas urbanas.
Entre as principais orientações estão: vedar ralos e instalar telas em janelas e portas; manter quintais e terrenos limpos, sem lixo, entulho ou mato alto; sacudir roupas, calçados e toalhas antes do uso; eliminar insetos que servem de alimento aos escorpiões, como baratas; e evitar o acúmulo de materiais de construção, como madeiras, telhas e tijolos, que podem servir de abrigo para esses animais. Essas ações simples reduzem significativamente o risco de acidentes e ajudam a proteger a população, especialmente crianças, que são mais vulneráveis ao veneno.
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