As secretarias municipal e estadual da Saúde confirmaram em Curitiba, no domingo 5 de outubro, dois casos de intoxicação por metanol. O primeiro paciente, um homem de 60 anos, está internado desde quarta-feira 1º de outubro, após consumir bebida alcoólica que desencadeou sintomas de intoxicação evoluindo para crises convulsivas. No fim de semana foi confirmado o segundo caso, de um homem de 71 anos.
Há ainda um terceiro caso em investigação, envolvendo um homem de 36 anos residente na capital, que procurou atendimento no sábado 4 de outubro após ingerir bebidas alcoólicas destiladas e apresentar sintomas compatíveis com intoxicação por metanol. O metanol, também chamado álcool metílico, é uma substância altamente tóxica que pode causar danos neurológicos, cegueira e até morte quando ingerida.
A rede municipal de saúde orienta que, diante da ingestão de bebidas alcoólicas e do aparecimento de sinais de intoxicação, o paciente procure imediatamente uma das oito Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Curitiba, onde será avaliado e tratado de acordo com a gravidade.
Em casos mais sérios pode haver necessidade de encaminhamento a hospitais da rede pública. As autoridades policiais investigam a origem das possíveis adulterações em bebidas no país, ressaltando a importância de cuidados redobrados ao adquirir ou consumir esses produtos, com atenção especial à verificação de autenticidade e procedência.
No sábado 4 de outubro, a Vigilância Sanitária de Curitiba, em ação conjunta com a Polícia Civil e a Polícia Científica do Paraná, realizou uma fiscalização em um estabelecimento suspeito de comercializar bebidas adulteradas. A operação foi desencadeada após a localização, entre os pertences de um paciente intoxicado, de notas fiscais que indicavam compras realizadas em um comércio localizado no bairro Jardim das Américas.
Os registros apontaram aquisições de bebidas destiladas nos dias 29 e 30 de setembro, pelo valor de aproximadamente 5,50 reais, preço muito abaixo do habitual de produtos originais. Com base nas notas e nas imagens de câmeras de segurança, foi possível identificar a marca consumida, que pode ter relação com os casos confirmados.
A Vigilância Sanitária analisou os rótulos, a ausência de selo de segurança, as informações de lote, o volume e o tipo de envase, encontrando indícios de falsificação. Por essa razão, foi lavrado termo de apreensão para investigar possível uso de metanol no preparo do produto.
Amostras foram coletadas para análise laboratorial e avaliação fiscal. A coordenadora da Vigilância Sanitária, Lucia Nogas Milani, destacou que denúncias de comercialização de produtos adulterados podem ser feitas pelo telefone 156. A delegada Vanessa Cristina Lima e Silva, que acompanha o caso, afirmou que todas as amostras adquiridas pela vítima foram encaminhadas para perícia técnica, que verificará a presença de metanol e a regularidade do produto comercializado.
Entre os sintomas mais comuns de intoxicação por metanol estão náusea, vômito, dor abdominal, confusão mental, alterações visuais como visão turva, sensação de nevoeiro ou pontos cegos que podem evoluir para cegueira irreversível, dificuldade respiratória, dor de cabeça intensa, aceleração dos batimentos cardíacos, pupilas dilatadas e crises convulsivas. É fundamental buscar atendimento médico imediato diante de tais sinais, pois a rapidez da intervenção pode evitar complicações graves.
Para reduzir riscos, especialistas orientam cuidados simples, mas eficazes. A compra deve ser feita preferencialmente em supermercados, lojas especializadas ou estabelecimentos de confiança, sempre exigindo nota fiscal e evitando locais improvisados.
A embalagem deve ser cuidadosamente examinada, verificando se o rótulo está bem impresso, sem borrões, erros de ortografia ou cores apagadas, e se contém informações obrigatórias como fabricante, CNPJ, endereço e registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Também é essencial conferir se o lacre da garrafa está intacto, já que tampas frouxas, tortas ou que giram facilmente podem indicar adulteração.
Preços muito abaixo do padrão de mercado devem ser vistos com desconfiança, já que bebidas originais têm custos elevados de produção e tributação, o que torna valores muito baixos um forte indicativo de falsificação.
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