Com que velocidade viaja uma bala? E o que aconteceria se você atirasse de um trem que se move tão rápido quanto uma bala típica? A segunda pergunta é especialmente interessante porque envolve o conceito de referenciais.
A resposta rápida é: em relação a você, a bala sempre sairá da arma com a mesma velocidade. Em outros referenciais, porém, o resultado pode parecer surpreendente.
Imagine um trem perfeitamente liso e em velocidade constante (sem aceleração ou curvas), num vagão sem janelas. Você não tem como saber quão rápido o trem está indo. Se arremessar uma bola para o alto, ela voltará direto para sua mão, seja o trem parado ou deslocando-se a 1 609 km/h (≈447 m/s).
Isso acontece porque você e a bola já se movem com a mesma velocidade do trem, e as únicas forças relevantes sobre a bola são a sua mão e a gravidade; portanto, o comportamento é o mesmo que se você estivesse parado no solo.
Aplicando isso a uma arma: suponha que o cano faça a bala sair a 1 609 km/h (≈447 m/s) — a velocidade relativa à arma. Se você estiver na frente de um trem que se desloca a 1 609 km/h e disparar para frente, a bala afastará-se da arma a 1 609 km/h em relação a você e ao trem. Mas, em relação ao solo, somam-se as velocidades: a bala viajará a cerca de 3 219 km/h (≈894 m/s), isto é, a velocidade da bala mais a velocidade do trem. Se atingir algo no chão, o impacto ocorrerá a essa velocidade equivalente ao referencial do solo.
Se você disparar para trás, a bala ainda se distancia da arma a 1 609 km/h no referencial do atirador, porém a velocidade do trem subtrai do movimento relativo ao solo; em um caso idealizado em que as velocidades coincidissem, a bala poderia até ter velocidade nula em relação ao solo e cair praticamente verticalmente.
Nem tudo obedece a essa simples soma de velocidades. Um bom exemplo são as ondas sonoras. Se ligar um alto-falante, as ondas sonoras propagam-se pelo ar à velocidade do som — algo em torno de 1 127 km/h (≈313 m/s) ao nível do mar, dependendo da temperatura. Essas ondas não “herdam” a velocidade do trem; ou seja, colocando um alto-falante na frente de um trem a 1 609 km/h, o som não partirá a 2 736 km/h (soma das duas velocidades). Ondas sonoras têm um limite físico: viajam na mídia (ar) em sua velocidade característica, por isso aviões que excedem a velocidade do som produzem estampidos sônicos.
A velocidade inicial de uma bala ao deixar o cano é chamada velocidade de boca (muzzle velocity) e depende de vários fatores. Comprimento do cano: canos mais longos costumam permitir que os gases do disparo acelerem o projétil por mais tempo, resultando em velocidades maiores, o que explica por que rifles tendem a ter maior velocidade que armas curtas.
Resistência do ar: o arrasto reduz a velocidade ao longo do trajeto; formato e aerodinâmica do projétil influenciam bastante. Massa do projétil: projéteis mais leves normalmente atingem maior velocidade inicial do que os mais pesados, embora a energia e o comportamento a longa distância variem. Tipo de cartucho e pressão dos gases: cartuchos diferentes e maiores pressões geram acelerações diferentes. Há ainda diferenças entre modelos de arma, mesmo de mesmas calibres, pois projeto, comprimento do cano e munição usada alteram a velocidade final.
Em resumo, no referencial do atirador a bala sempre parte da arma com a mesma velocidade característica da combinação arma–munição; em outros referenciais, como o do solo, as velocidades se combinam (somam ou subtraem) conforme o princípio clássico da adição de velocidades. Ondas como o som, porém, têm limites fixos impostos pela física do meio e não obedecem à soma simples de referências.
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