A manutenção da hidratação adequada é fundamental para o funcionamento correto do corpo e para a saúde em geral, razão pela qual se tornou comum observar pessoas carregando garrafas de água em praticamente todos os lugares. A dúvida que surge é se o tipo de garrafa realmente faz diferença.
Há séculos, recipientes feitos de couro animal eram utilizados para transportar água. Com o tempo, metais passaram a ser a alternativa preferida, já que o vidro quebrava com facilidade. Mais recentemente, com a invenção do plástico, garrafas descartáveis e reutilizáveis dominaram o mercado, trazendo praticidade, mas também riscos.
Cientistas têm se dedicado a compreender os impactos dos microplásticos e nanoplásticos, partículas microscópicas de plástico que podem entrar no organismo pela boca ou pelas vias respiratórias e se depositar em órgãos importantes como fígado, cérebro e coração.
Pesquisas sugerem que a acumulação dessas partículas pode aumentar a probabilidade de doenças como hipertensão, acidente vascular cerebral e diabetes, além de comprometer o microbioma intestinal, favorecendo problemas digestivos, enfraquecimento do sistema imunológico e inflamações crônicas. A disbiose, termo usado para o desequilíbrio no microbioma intestinal, é frequentemente associada a um risco maior de doenças crônicas.
Uma revisão de estudos conduzida por pesquisadores do Canadá trouxe novos dados sobre os efeitos do consumo de água em garrafas plásticas descartáveis. Essa revisão não envolveu experimentos diretos, mas analisou 141 pesquisas sobre a contaminação por nanoplásticos em garrafas de uso único. Os achados apontam que quanto menor a partícula plástica, maior sua capacidade de atravessar o intestino e alcançar a corrente sanguínea, distribuindo-se para órgãos vitais.
Estima-se que uma pessoa consuma de 39 mil a 52 mil partículas de microplásticos por ano, mas os consumidores de água engarrafada podem ingerir até 90 mil partículas adicionais em comparação com quem consome água da torneira.
O risco de problemas crônicos aumenta com a ingestão dessas partículas, incluindo doenças respiratórias, reprodutivas, neurológicas e até maior propensão ao câncer. Fatores externos, como a exposição das garrafas plásticas ao sol ou o atrito gerado ao apertá-las ou abrir e fechar repetidamente a tampa, intensificam a liberação dessas partículas.
Ainda que muitas pesquisas apresentem limitações, como amostras pequenas ou falta de padronização nos métodos de medição, os resultados reforçam preocupações quanto ao uso constante de plásticos descartáveis. O plástico, quando inventado, transformou a sociedade por ser mais resistente e versátil que vidro, madeira e metal. Porém, esse avanço veio com custos à saúde.
As preocupações vão além das garrafas: talheres de plástico, recipientes usados em micro-ondas e até saquinhos de chá podem liberar microplásticos em alimentos e bebidas. Nesse cenário, garrafas reutilizáveis de vidro ou metal, especialmente vidro borossilicato com capa protetora de silicone, são alternativas mais seguras. Embora plásticos duros de garrafas reutilizáveis apresentem riscos menores, o vidro se mostra a opção mais confiável, desde que seja manuseado com cuidado.
A recomendação prática é evitar ao máximo o uso de garrafas descartáveis. Quando não houver outra opção, é aconselhável não expor essas garrafas ao calor ou ao sol, nem manipulá-las em excesso.
Uma medida adicional pode ser transferir a água da garrafa descartável para uma reutilizável, reduzindo a liberação de partículas e, consequentemente, a ingestão dessas substâncias pelo corpo.
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