sábado, setembro 27, 2025
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Emoções negativas podem ser úteis no cotidiano

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Você se lembra da tristeza que sentiu na última vez em que fracassou de forma marcante em alguma coisa? Ou daquela ansiedade que tomou conta antes de um evento importante a ponto de atrapalhar sua concentração por dias? Essas emoções são difíceis de enfrentar e muitas vezes chegam a parecer sufocantes.

É comum que as pessoas tentem evitá-las, reprimir ou simplesmente ignorar o que sentem. Em experimentos de psicologia, há registros de indivíduos dispostos até a pagar para não experimentar certas emoções negativas. No entanto, pesquisas recentes têm mostrado que essas sensações, mesmo as desagradáveis, podem trazer benefícios e desempenhar um papel útil na vida cotidiana.

Pesquisadores investigam de que forma sentimentos como raiva, tristeza, ansiedade ou tédio influenciam o comportamento humano e exploram as situações em que essas emoções podem se tornar aliadas.

Os estudos demonstram que não existem emoções totalmente boas ou ruins, mas que elas funcionam como ferramentas específicas para contextos determinados, comparáveis a um canivete suíço, em que cada função se aplica a uma circunstância diferente.

A tristeza, por exemplo, aparece quando alguém percebe a perda de um objetivo ou de um resultado desejado, sem possibilidades de revertê-lo. Ela pode surgir em fracassos acadêmicos, profissionais ou até no fim de uma relação pessoal.

Esse estado geralmente reduz a disposição para agir, mas intensifica o pensamento detalhado e analítico, ajudando a interromper impulsos e avaliar a situação com mais clareza. Esse processo mental, que inclui memória mais precisa e julgamento menos sujeito a influências irrelevantes, auxilia a compreender erros passados e evitar que se repitam.

Quando há chance de superar o fracasso com apoio de outros, a tristeza também pode se manifestar em lágrimas ou choro, sinais que despertam a atenção alheia e funcionam como um pedido de ajuda, comportamento observado já em bebês, quando recorrem ao choro para atrair cuidados.

A raiva, por sua vez, costuma surgir quando a pessoa entende que há um obstáculo entre ela e seu objetivo, mas que esse obstáculo pode ser removido. Pode ser uma injustiça cometida por alguém ou até a frustração com um computador que trava repetidamente. Esse estado emocional prepara o corpo para a ação imediata e direciona o pensamento ao problema, aumentando a disposição para enfrentá-lo.

Estudos mostram que pessoas com raiva processam informações rapidamente, reagem com mais força em interações físicas e têm desempenho melhor em tarefas que exigem respostas ágeis. Além disso, expressar raiva verbal ou facialmente pode levar outras pessoas a recuar, ceder em negociações ou abrir caminho diante de um impasse.

A ansiedade é acionada quando há percepção de ameaça, seja em situações sociais, como discursar para uma plateia numerosa, ou em riscos físicos reais. Ela coloca o corpo em estado de alerta, acelerando reações e ampliando a percepção de perigo. O aumento da vigilância pode melhorar o desempenho em atividades que exigem atenção e motivação, como estudar para uma prova.

Também estimula comportamentos de autoproteção, que podem impedir que a ameaça se concretize. A própria dilatação dos olhos, comum em momentos de ansiedade ou medo, amplia o campo de visão e aumenta a capacidade de identificar riscos ao redor.

Já o tédio, menos estudado, ainda é motivo de debate entre especialistas. Ele tende a surgir quando não há estímulos emocionais relevantes em determinada situação, seja pela perda de interesse em algo que antes gerava prazer, pela falta de conexão em ambientes sociais sem atrativos ou pela ausência de objetivos claros.

Embora desagradável, o tédio pode ser um motor para mudanças, incentivando a busca por novidades, estimulando comportamentos criativos e até levando a assumir riscos que tirem a pessoa da estagnação.

A soma dessas descobertas sugere que, ao contrário da ideia de que só as emoções positivas são valiosas, viver de forma plena e produtiva exige um equilíbrio entre estados agradáveis e desagradáveis.

Emoções negativas, apesar do desconforto, têm a capacidade de preparar o indivíduo para lidar com fracassos, superar obstáculos, enfrentar ameaças e buscar novos caminhos. Entender como cada emoção atua pode ajudar não apenas a aceitar os momentos difíceis, mas também a transformá-los em ferramentas para alcançar melhores resultados.

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