Uma rotina de cuidados dentários deficiente pode impactar muito além do sorriso, trazendo consequências duradouras para a saúde do coração e dos pulmões e até complicações na gravidez. Escovar os dentes e usar fio dental são práticas essenciais para reduzir a placa bacteriana e melhorar a saúde bucal, ajudando a prevenir cáries e doenças gengivais.
Ainda assim, muitas pessoas deixam de usar fio dental por considerarem a tarefa trabalhosa ou desconfortável. Nos últimos anos, o uso doméstico de irrigadores orais, conhecidos como water flossers, tem aumentado e se tornado uma alternativa mais popular para complementar a higiene bucal.
Mas surge a dúvida: como o uso da água pressurizada se compara ao fio dental tradicional? O fio dental surgiu no início do século XIX, quando um dentista recomendou que seus pacientes passassem um fio de seda encerado entre os dentes.
Ele se tornou comercialmente disponível na década de 1880, ganhou nova versão em náilon durante a Segunda Guerra Mundial e só a partir da década de 1970 começou a ser incorporado de forma mais ampla às rotinas de higiene.
O fio dental consegue alcançar áreas da boca inacessíveis à escovação, especialmente entre os dentes e na linha da gengiva, locais onde restos de alimentos e placa podem se acumular, gerando cáries e inflamações.
Porém, o fio também apresenta dificuldades: pode causar pequenos cortes, é difícil de usar entre dentes muito próximos e sua aplicação se torna menos prática em pacientes com aparelhos ortodônticos ou implantes. Os irrigadores orais, por outro lado, ajudam a superar parte dessas limitações.
Funcionam com um reservatório de água, uma bomba e um bocal manual que direciona jatos pressurizados entre os dentes e a gengiva, removendo resíduos e placa. A pressão da água pode ser ajustada, permitindo desde uma limpeza mais suave até uma mais intensa.
Por serem de uso mais simples, especialmente para pessoas com menor destreza manual, os irrigadores atingem áreas de difícil acesso onde a placa tende a se acumular. Outra vantagem é que conseguem limpar com eficácia regiões ao redor de aparelhos, implantes e outros dispositivos odontológicos, contando inclusive com modelos que oferecem ponteiras substituíveis.
A desvantagem está no preço mais elevado em comparação ao fio dental comum e na menor praticidade para viagens, embora já existam versões mais compactas. Considerando que tanto o fio dental quanto o irrigador têm benefícios e limitações, especialistas apontam que uma combinação pode ser a melhor solução para uma higiene completa.
Escovar os dentes com creme dental fluoretado, usar o fio dental para remover resíduos entre os dentes e finalizar com o irrigador oral aumenta significativamente a remoção de placa bacteriana e contribui para uma rotina de cuidados bucais mais eficiente e abrangente.
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