Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Nova York revelou que as cirurgias bariátricas continuam sendo muito mais eficazes do que medicamentos como o Ozempic e o tirzepatide no tratamento da obesidade. Embora os fármacos à base de semaglutida tenham conquistado popularidade por promoverem perda de peso significativa, os resultados mostram que a diferença em relação aos procedimentos cirúrgicos é ampla.
A análise comparou pacientes que utilizaram agonistas do receptor GLP-1, como o Ozempic, com aqueles submetidos a operações de gastrectomia vertical e bypass gástrico. Esses medicamentos atuam imitando o hormônio GLP-1, responsável pelo controle do apetite.
Os pesquisadores usaram registros de saúde para parear os grupos de acordo com idade, índice de massa corporal e níveis de glicose no sangue. O acompanhamento apontou que, em dois anos, pacientes que passaram por cirurgia perderam em média 25,7% do peso corporal total, enquanto os que usaram os medicamentos apresentaram queda de apenas 5,3%.
Parte dessa diferença é explicada pelo fato de muitos pacientes não manterem o tratamento com os fármacos, enquanto a cirurgia representa uma intervenção definitiva. Mesmo em prazos mais curtos, contudo, as cirurgias mostraram desempenho superior.
Um estudo mostrou os resultados que, embora ensaios clínicos indiquem perdas de 15% a 21% com o uso de GLP-1, na prática o índice é consideravelmente menor, mesmo entre pacientes que mantêm a prescrição ativa durante um ano.
Segundo ele, até 70% dos pacientes podem abandonar o tratamento dentro de 12 meses. Para esses casos, seria necessário ajustar expectativas, aderir de forma mais disciplinada ao uso do medicamento ou considerar a cirurgia metabólica e bariátrica como alternativa.
O estudo contou com financiamento da Sociedade Americana de Cirurgia Metabólica e Bariátrica, instituição que tem interesse direto na valorização dos procedimentos cirúrgicos, o que não anula os dados, mas exige atenção à interpretação.
Apesar da superioridade da cirurgia, os cientistas ressaltaram que os medicamentos não devem ser descartados. Eles demonstraram benefícios claros e seguem com adesão crescente. O número de prescrições de GLP-1 dobrou entre 2022 e 2023, o que reforça a necessidade de comparações aprofundadas com os métodos cirúrgicos já consolidados.
Atualmente, os medicamentos são mais procurados que as cirurgias, mas muitos pacientes abandonam o tratamento. Ao mesmo tempo, apenas uma pequena parcela das pessoas elegíveis opta pela operação.
Vale lembrar que a semaglutida não foi desenvolvida inicialmente para emagrecimento, mas para tratar diabetes tipo 2, já que reduz os níveis de glicose no sangue. Estudos indicam ainda potencial para diminuir riscos de câncer e doenças cardiovasculares.
Na pesquisa, a cirurgia bariátrica mostrou resultados ainda melhores no controle glicêmico quando comparada ao Ozempic. Esse fator reforça a visão de que, além da perda de peso, a intervenção cirúrgica pode trazer ganhos metabólicos mais amplos.
Por outro lado, os procedimentos não representam uma solução simples. Embora considerados seguros, são invasivos, irreversíveis e exigem do paciente disciplina rigorosa com dieta e atividade física para garantir eficácia a longo prazo.
A conclusão dos especialistas é que tanto os medicamentos quanto a cirurgia têm papéis importantes no tratamento da obesidade, e a decisão deve ser individualizada, levando em conta condições clínicas, capacidade de adesão e metas de cada paciente.
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