Mortos na chacina de Icaríama tinha fichas criminais

novembro 7, 2025

Cobradores paulistas assassinados em Icaraíma — (Foto: PC-PR)

A polícia divulgou as capivaras de três homens contratados em São José do Rio Preto e Olímpia para receberem R$ 250 mil e três deles tinham fichas criminais, vejam do que eles foram acusados:

Diego Henrique Affonso – Lei Maria da Penha por violência doméstica; estelionato, difamação, injúria, apropriação indébita e ameaças;

Rafael Juliano Marascalchi – ameaças, exercício arbitrário das próprias razões e violência doméstica;

Robishley Hirnani de Oliveira – estelionato, ameaças, violência doméstica, lesão culposa no trânsito, com fuga do local do acidente, embriaguez ao volante, crime contra a flora e furto qualificado.

Já o proprietário rural Alencar Gonçalves de Souza Giron, não tinha ficha criminal.

O caso envolvendo a execução de quatro homens em Vila Rica do Ivaí, distrito de Icaraíma, continua sendo tratado pela Polícia Civil como um dos crimes mais complexos e brutais do Noroeste do Paraná. As investigações seguem sob sigilo judicial, enquanto a defesa dos principais suspeitos tenta reverter as prisões decretadas.

Os corpos de Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza foram encontrados enterrados em uma vala 44 dias após desaparecerem. As vítimas teriam sido mortas em um sítio entre 11h30 e 13h15 do dia 6 de agosto, conforme o inquérito.

O advogado Renan Farah, representante de Antônio Buscariollo, de 62 anos, e Paulo Ricardo Buscariollo, de 22, ambos acusados de envolvimento direto nas execuções e foragidos desde 8 de agosto, protocolou pedido de revogação da prisão temporária dos clientes. Segundo ele, não há mais justificativa legal para manter a medida, uma vez que o prazo inicial de 30 dias já foi ultrapassado. “Eles estão dispostos a colaborar e querem provar que não estavam em Icaraíma na data das mortes”, declarou o defensor.

As apurações indicam que a motivação do crime está relacionada a uma negociação de um sítio de cinco alqueires, avaliado em R$ 750 mil. A propriedade havia sido vendida por Antônio a Alencar, que pagou R$ 255 mil à vista e financiaria o restante, mas o banco negou o crédito. Diante disso, o acordo foi desfeito, e Buscariollo se comprometeu a devolver o valor em dez parcelas de R$ 25 mil, compromisso que não foi cumprido.

Diante do impasse, Alencar contratou três homens do interior paulista para cobrar a dívida. Eles estiveram na casa dos Buscariollo em 5 de agosto e retornaram no dia seguinte, quando desapareceram. O veículo usado pelo grupo foi localizado semanas depois em um bunker na mesma propriedade rural, com marcas de tiros. Pouco depois, os corpos foram achados enterrados na área.

A principal linha investigativa aponta que as vítimas foram torturadas antes de serem mortas a tiros de pistola e fuzil. Um dos suspeitos mortos durante o curso das apurações teria participado diretamente das execuções. A Polícia Civil segue colhendo provas e realizando novas diligências para esclarecer o envolvimento de todos os responsáveis.

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