Um estudo inédito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseado no Censo Demográfico de 2022, confirma a hegemonia dos registros Maria e João entre os habitantes do Paraná. A pesquisa “Nomes no Brasil”, publicada nesta terça-feira (4), revela ainda que o apelido Silva identifica mais de 1,1 milhão de pessoas no Estado, com Santos aparecendo em seguida, utilizado por mais de 900 mil residentes.
Conforme o documento, 459 mil mulheres possuem a primeira designação, correspondendo a 4,01% do total do gênero no território estadual. Já entre o público masculino, a alcunha João está presente em 215 mil cadastros, representando 1,88% desse grupo. A investigação histórica da instituição demonstra que a opção por termos tradicionais e de origem religiosa foi predominante no início do século XX. Para os nascidos até 1960, figuras como José, Antônio, Ana e Terezinha eram comumente selecionadas, indicativo de uma herança cultural familiar e da forte presença católica na época.
Nova informação relevante adicionada: O estudo também evidencia uma significativa diversificação nas escolhas a partir das gerações mais recentes, com nomes curtos e de inspiração midiática ganhando popularidade, embora os tradicionais se mantenham em alta consideração.
A partir dos anos 1970, o padrão começa a se diversificar. Marcia, Sandra, Adriana, Luciana e Patrícia ganham destaque entre as mulheres, acompanhando uma tendência de nomes mais curtos e sonoros, populares em todo o País. Entre os homens, Marcos, Paulo, Marcelo e Rodrigo tornam-se cada vez mais frequentes.
Nas décadas de 1980 e 1990, a influência da cultura urbana e midiática é mais evidente com o aumento de nomes como Juliana, Vanessa, Bruna, Jéssica, Leandro e Rafael, acompanhados da ascensão de nomes duplos femininos como Ana Paula e Maria Eduarda. No mesmo período, Lucas, Bruno e Gabriel consolidam-se entre os meninos.
A partir dos anos 2000, os registros passam a refletir um perfil ainda mais plural, mesclando nomes clássicos com novas tendências. Maria mantém a liderança, mas divide espaço com Ana, Laura, Alice, Julia e Helena, enquanto João permanece entre os mais comuns ao lado de Davi, Miguel, Arthur e Heitor – nomes que simbolizam a preferência contemporânea por opções curtas, bíblicas e com forte presença nas novas gerações.
Nos últimos anos, os dados apontam para o retorno de nomes tradicionais femininos e a valorização de nomes masculinos curtos e universais. Entre as crianças nascidas após 2020, destacam-se Maria, Ana, Alice, Helena e Laura entre as meninas, e João, Davi, Miguel, Arthur e Heitor entre os meninos.
TENDÊNCIA NACIONAL – O panorama paranaense acompanha de perto a tendência nacional, mas com algumas particularidades. No Brasil, José é o nome masculino mais comum, enquanto no Paraná o posto pertence a João. Luiz e Antônio também aparecem com maior frequência no Estado.
Entre as mulheres, a liderança de Maria e Ana se repete tanto no Paraná quanto no País. No entanto, o Estado apresenta uma presença mais expressiva de nomes contemporâneos como Julia, Amanda e Bruna. Já nomes tradicionais como Francisca e Antonia, comuns nas regiões Norte e Nordeste e que figuram entre mais populares do Brasil, têm baixa incidência entre as paranaenses.
Nos sobrenomes, o Paraná segue de perto o padrão nacional, com Silva, Santos, Oliveira e Souza nas primeiras posições, mas em proporções menores. Entre as particularidades estaduais, está o sobrenome Aparecida, comum no Estado, mas que não figura entre os principais sobrenomes brasileiros.
Também há maior presença relativa de Rosa e Machado entre os paranaenses, associados à colonização do Sul, enquanto nomes como Sousa, Jesus e Santana, comuns em outras regiões, têm baixa incidência no Estado.
Nomes mais comuns entre os paranaenses:
Top 30 – Masculinos
João – 1,88% (215.231)
José – 1,76% (201.264)
Luiz – 0,87% (99.093)
Antônio – 0,83% (94.902)
Pedro – 0,80% (92.007)
Lucas – 0,75% (85.604)
Gabriel – 0,69% (78.862)
Paulo – 0,66% (75.634)
Carlos – 0,59% (67.869)
Marcos – 0,55% (62.573)
Rafael – 0,51% (58.351)
Gustavo – 0,44% (50.796)
Eduardo – 0,43% (48.676)
Davi – 0,42% (47.627)
Miguel – 0,41% (46.729)
Matheus – 0,40% (46.171)
Luis – 0,40% (45.671)
Guilherme – 0,39% (45.079)
Felipe – 0,39% (44.444)
Bruno – 0,36% (40.821)
Marcelo – 0,35% (39.794)
Daniel – 0,35% (39.757)
Leonardo – 0,35% (39.730)
Rodrigo – 0,31% (35.983)
André – 0,31% (35.788)
Arthur – 0,31% (35.103)
Fernando – 0,29% (33.048)
Vitor – 0,29% (32.914)
Leandro – 0,28% (31.732)
Mateus – 0,28% (31.515)
Top 30 – Femininos:
Maria – 4,01% (459.229)
Ana – 1,67% (191.349)
Julia – 0,36% (41.480)
Marcia – 0,33% (37.586)
Amanda – 0,31% (35.458)
Bruna – 0,29% (33.322)
Fernanda – 0,29% (33.268)
Laura – 0,29% (33.202)
Juliana – 0,28% (31.988)
Sandra – 0,28% (31.507)
Adriana – 0,27% (31.326)
Alice – 0,27% (31.254)
Patricia – 0,27% (31.227)
Leticia – 0,27% (30.493)
Aline – 0,27% (30.464)
Jessica – 0,26% (29.779)
Camila – 0,25% (28.233)
Helena – 0,25% (28.153)
Eliane – 0,25% (28.147)
Beatriz – 0,23% (26.778)
Mariana – 0,23% (26.271)
Vanessa – 0,23% (26.157)
Gabriela – 0,22% (25.619)
Terezinha – 0,22% (25.588)
Larissa – 0,22% (25.133)
Luana – 0,21% (24.442)
Aparecida – 0,21% (24.433)
Roseli – 0,21% (24.335)
Isabela – 0,21% (24.264)
Vera – 0,20% (22.646)
Sobrenomes mais frequentes no Paraná
Silva – 9,93% (1.136.394)
Santos – 7,93% (907.061)
Oliveira – 4,85% (555.029)
Souza – 3,55% (405.835)
Ferreira – 2,44% (279.161)
Pereira – 2,41% (275.603)
Lima – 2,33% (266.381)
Rodrigues – 2,15% (245.701)
Alves – 2,05% (234.891)
Ribeiro – 1,63% (186.953)
Costa – 1,32% (151.510)
Martins – 1,24% (141.786)
Almeida – 1,13% (129.743)
Gonçalves – 1,06% (121.015)
Gomes – 1,05% (120.143)
Machado – 0,95% (108.980)
Aparecida – 0,92% (105.518)
Lopes – 0,92% (105.509)
Barbosa – 0,87% (99.790)
Soares – 0,84% (96.528)
Carvalho – 0,84% (96.031)
Nascimento – 0,83% (94.470)
Fernandes – 0,80% (92.077)
Vieira – 0,80% (92.073)
Rocha – 0,80% (91.315)
Rosa – 0,79% (90.385)
Dias – 0,78% (89.639)
Batista – 0,76% (86.586)
Andrade – 0,71% (80.853)
Araújo – 0,70% (80.369)
LEVANTAMENTO – O projeto Nomes no Brasil tem por base as listas de moradores dos domicílios durante a coleta dos dados do Censo 2022. Foram registrados, em dois campos distintos, o nome e o sobrenome completo de todos os moradores informados pelo entrevistado na data de referência.
Para fins de divulgação, do campo “nome” considerou-se apenas o primeiro nome informado e, para o campo “sobrenome”, foi feita uma frequência dos sobrenomes, não importando a ordem em que foram registrados. Também não foram previstos sinais diacríticos (acento agudo, circunflexo, grave, cedilha, trema e til); assim, nomes como Antônio, Cauã, Luís e Luísa foram considerados sem tais sinais.
No site do IBGE é possível confirmar dados sobre nomes e sobrenomes e o ranking completo do Brasil, por estados e municípios.
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