Duas universitárias foram presas na noite de sexta-feira, dia 31 de outubro, após serem identificadas pelo sistema Muralha Digital pichando muros e portas de estabelecimentos comerciais na região central de Curitiba. Uma das jovens escreveu a frase “PM racista” na entrada de uma loja de instrumentos musicais localizada na Rua Barão do Rio Branco.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que uma das suspeitas faz a pichação durante um protesto que ocorria na via. O ato também contou com manifestantes que criticavam a atuação policial no Rio de Janeiro, em referência à Operação Contenção, que resultou em 117 mortes e quatro policiais mortos.
A prisão das envolvidas foi realizada pela Guarda Municipal, que utilizou o monitoramento eletrônico para localizá-las. Segundo informações da corporação, uma das mulheres reagiu à abordagem, empurrando e ferindo um agente antes de tentar fugir, mas acabou detida logo em seguida.
O grupo de manifestantes percorreu ruas do Centro entoando palavras de ordem contra a Polícia Militar. O gerente da loja atingida relatou prejuízos e preocupação com a falta de segurança na região, afirmando que o número de pichações e situações de risco tem aumentado nas últimas semanas.
Conforme a Lei nº 9.605/1998, que trata dos Crimes Ambientais, pichar edificações públicas ou privadas é infração sujeita a pena de detenção de três meses a um ano, além de multa. Caso o dano ocorra em patrimônio tombado, a punição pode ser ampliada.
A Polícia Militar informou que não comentará o episódio. O caso segue sob apuração pela autoridade policial responsável.
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