Um projeto em tramitação na Assembleia Legislativa paranaense determina a divulgação de conteúdos educativos acerca do Acidente Vascular Cerebral (AVC) em áreas de grande movimentação. A proposta visa ampliar o conhecimento populacional sobre os indícios dessa condição de saúde, considerada a segunda maior causadora de óbitos globalmente e a principal razão para incapacitações duradouras, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A iniciativa legislativa 968/2025, de autoria do deputado Ney Leprevost (UB), possui natureza pedagógica e busca reforçar as mobilizações realizadas na data mundial e nacional dedicadas ao tema, comemoradas em 29 de outubro. A matéria institui que entes estatais e estabelecimentos do setor privado poderão fixar avisos, cartazes ou mídias eletrônicas com esclarecimentos acessíveis.
O conteúdo das peças deve incluir a definição da doença, seus sinais característicos — como mudanças repentinas na fala, força muscular, visão, equilíbrio ou estado mental — e a necessidade de acionar imediatamente o SAMU, discando 192. No território nacional, estatísticas indicam que uma pessoa é atingida a cada cinco minutos, frequentemente sem receber socorro dentro do período considerado ideal para um tratamento eficaz. A identificação tardia dos sintomas agrava significativamente as sequelas.
A proposição também recomenda o uso da Escala SAMU, metodologia reconhecida por especialistas em urgência e emergência para facilitar o reconhecimento rápido do AVC. O modelo é composto por quatro passos simples: Sorriso (pedir para a pessoa sorrir; se o sorriso ficar torto, pode ser sinal de AVC), Abraço (pedir para levantar os dois braços; se um deles não levantar, pode ser sinal de AVC), Mensagem (pedir para repetir uma frase; se não conseguir, pode ser sinal de AVC) e Urgente (na presença de um ou mais desses sinais, ligar imediatamente 192).
Reposta rápida
Para o deputado Ney Leprevost, a iniciativa busca fortalecer a cultura de educação preventiva e resposta rápida diante de emergências de saúde. “O atendimento do AVC depende de uma janela terapêutica, de um tempo. É muito importante chegar à comunidade e dizer quais são os sinais e sintomas e o que fazer. Este projeto prevê que todos os lugares públicos de alta circulação tenham informações sobre os sinais e sintomas, para que as pessoas saibam reconhecer a situação e ajam rapidamente, porque as sequelas são muito tristes”, afirmou.
Na justificativa, o parlamentar destaca que o projeto não cria obrigações administrativas diretas, mas orienta ações de interesse público e permite parcerias com universidades, conselhos de saúde, entidades médicas e organizações da sociedade civil para padronizar e distribuir o material informativo. Leprevost reforça ainda que o tempo é o principal fator de sucesso no tratamento. “Quanto mais cedo o atendimento for acionado, maior a possibilidade de tratamento com efetividade, inclusive por meio de terapias como a trombólise”, explica.
O tema esteve em pauta nesta semana na mesa-redonda promovida pelo parlamentar em Plenário, reunindo médicos neurologistas, representantes do SAMU, da Secretaria de Estado da Saúde e de entidades da área médica, também em alusão ao Dia Mundial e ao Dia Nacional de Combate ao AVC. O encontro discutiu estratégias de prevenção, capacitação de profissionais e conscientização da população sobre a importância do reconhecimento precoce dos sinais da doença.
O projeto de lei 968/2025 aguarda análise nas comissões permanentes da Casa antes de seguir para votação em plenário.
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