sábado, outubro 25, 2025
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O tempo parece se mover mais lentamente quando se pratica atividade física

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A ciência finalmente confirmou que o tempo realmente parece passar mais devagar quando se está dentro de uma academia. No entanto, isso não se deve ao tédio ou à pessoa na esteira ao lado que não para de falar ao telefone.

Em um pequeno estudo, participantes realizaram provas em bicicletas ergométricas e depois foram convidados a estimar um intervalo de 30 segundos. Os resultados mostraram que, em média, os participantes cronometraram o período cerca de 8 a 9% mais rápido do que o tempo real, o que indica que, para eles, o relógio aparentava se mover de forma mais lenta.

Além da brincadeira sobre o tempo parecer desacelerar durante o exercício, o fenômeno levanta questões interessantes sobre o que está acontecendo de fato. O estudo foca em percepções e explicações psicológicas, mas é sabido que o corpo humano passa por inúmeras alterações fisiológicas durante a prática física. Para atletas que desejam melhorar seu ritmo e controle de esforço, talvez seja necessário trabalhar com diversas variáveis simultaneamente.

Na pesquisa, 33 participantes completaram um percurso de 4.000 metros em uma bicicleta estacionária. Eles foram convidados a estimar intervalos de 30 segundos em cinco momentos distintos: antes do exercício, após 500 metros, após 1.500 metros, após 2.500 metros e depois da conclusão do percurso.

Cada voluntário participou de três tipos de corrida: uma individual, semelhante a um teste de tempo; uma com um adversário virtual, como o “fantasma” das corridas de videogame; e uma corrida competitiva ativa, em que o objetivo era superar o oponente. Todos os ciclistas avaliaram seu nível de esforço percebido, mas não foram instruídos a atingir velocidades específicas, exceto durante o teste competitivo.

Os resultados surpreenderam os pesquisadores: não houve diferença significativa entre as condições de exercício nem entre os pontos do percurso (500 m, 1.500 m e 2.500 m). Isso significa que a presença de um competidor e o esforço adicional para vencê-lo não alteraram a percepção de tempo dos participantes, nem o aumento gradual da sensação de esforço ao longo da prova.

Embora o estudo tenha contado com apenas 33 pessoas, os pesquisadores destacaram que muitos dos métodos e resultados obtidos são inéditos na literatura científica. Nas últimas décadas, as ciências do exercício e do condicionamento físico evoluíram de forma significativa, permitindo novas abordagens e possibilidades de pesquisa. Essas descobertas, portanto, abrem caminho para estudos futuros sobre como o corpo e a mente percebem o tempo durante o esforço físico.

O artigo revisado por pares, elaborado por quatro pesquisadores da Holanda e da Inglaterra, enfatiza o papel da psicologia esportiva. Eles sugerem que, se competir contra um adversário direto não é suficiente para fazer o tempo parecer passar mais rápido, os atletas precisam de outros estímulos para manter o foco e evitar a sensação de monotonia.

Segundo os autores, o controle preciso do ritmo é fundamental para atletas competitivos, e exemplos como o de Michael Phelps mostram a importância da visualização mental no treinamento. O nadador, em suas provas decisivas, dependia da precisão do tempo em cada virada; um erro de fração de segundo poderia significar a perda de um recorde mundial.

Os pesquisadores concluíram que ainda há muito a ser explorado sobre o papel dos estímulos externos, da intensidade e da duração do exercício na percepção do tempo. Todos esses fatores influenciam o ritmo, o desempenho e o sucesso na execução de atividades físicas.

Eles sugerem que novas técnicas, como o uso de iluminação temporizada para auxiliar o ritmo de treino, podem ajudar atletas a melhorar seu desempenho. Afinal, qualquer pessoa que já competiu em esportes de corrida sabe o que é virar uma curva e perceber que gastou energia demais antes da hora.

O controle do tempo é tanto um desafio biológico quanto psicológico, e aprender a dominá-lo continua sendo responsabilidade de cada atleta e de seu treinador.

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