A Polícia Civil do Paraná deflagrou na manhã desta terça-feira, 21 de outubro, uma operação de grande porte para desarticular uma rede criminosa com atuação no tráfico interestadual de entorpecentes, ocultação de recursos ilícitos e suborno de agentes públicos. Ao todo, estão sendo executados 90 mandados judiciais em quatro estados: Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Mais de 350 agentes foram mobilizados para cumprir ordens judiciais, executar bloqueios de bens e interromper o fluxo financeiro do grupo. A força-tarefa tem participação das polícias militares paulista e catarinense, além da Polícia Federal, que atua nas diligências em solo sul-mato-grossense. A operação utiliza também suporte aéreo, com helicóptero em ação, e equipes com cães treinados para localizar substâncias ilegais e itens ocultos.
Segundo fontes ligadas à investigação, os alvos atuavam no envio de drogas por rotas que ligam a fronteira oeste ao litoral, com movimentações logísticas que envolviam transporte rodoviário e utilização de propriedades rurais para armazenamento. Os recursos obtidos eram posteriormente inseridos no sistema formal por meio de empresas de fachada e transações imobiliárias simuladas. A operação visa ainda coletar elementos para ampliar o mapeamento das ramificações do grupo em outras regiões do país.
No Paraná, os mandados são cumpridos em Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro; Londrina, Cambé e Jataizinho, no Norte; e Paranavaí, no Noroeste. Também há ações em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul; Bombinhas e Brusque, em Santa Catarina; e em Ourinhos, Hortolândia e São Paulo, no Estado de São Paulo.
Entre os mandados expedidos pela Justiça estão 42 de prisão, 48 de busca e apreensão e o sequestro de 11 veículos avaliados em cerca de R$ 1,8 milhão, além de quatro imóveis residenciais, dinheiro em espécie e bloqueio de valores em contas bancárias.
A investigação teve início em abril de 2024, em Jacarezinho, no Norte do Estado. Em junho do mesmo ano, foram presos dois homens apontados como líderes do grupo. Eles foram capturados em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e os aparelhos apreendidos foram submetidos a perícia. As apurações indicam que o grupo movimentou aproximadamente R$ 120 milhões desde 2021, cifra que demonstra a capacidade de infiltração e o nível de organização alcançado pela rede criminosa.
O delegado Pedro Cáprio, responsável pela investigação, explica que a ação representa uma etapa importante do trabalho de longo prazo desenvolvido pela instituição. “O objetivo da operação é desarticular toda a estrutura do grupo, interrompendo a distribuição de drogas, a lavagem de dinheiro e as relações que mantêm o crime organizado ativo”, afirma.
A PC-PR identificou a forma de atuação da organização, concentrada no Norte e no Norte Pioneiro do Paraná. O material apreendido será analisado e pode subsidiar novas fases da investigação e medidas voltadas à responsabilização de todos os envolvidos.
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