A investigação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa concluiu que Júlia Adriana Pinto, de 35 anos, foi assassinada após cobrar uma dívida de uma quadrilha envolvida em furtos e roubos na região do Uberaba, em Curitiba. Segundo o delegado Ivo Viana, a vítima atuava como informante do grupo criminoso, alertando sobre possíveis ações policiais. Após não receber o valor combinado por sua participação, teria ameaçado denunciar os comparsas, o que levou à sua execução.
O crime ocorreu em agosto, na Rua Natalina, e foi filmado pelos autores. As imagens mostram Júlia caminhando quando é surpreendida por um homem armado, identificado apenas como João, enquanto outro registra a cena. O vídeo revela o momento em que o atirador dispara contra a cabeça da vítima, que cai no chão após gritar. O comparsa tenta continuar a ação, mas a arma falha diversas vezes antes de ambos fugirem.
Júlia havia deixado a prisão cerca de 45 dias antes do homicídio, após cumprir pena por descumprir medida protetiva. Durante as apurações, dois suspeitos de 22 e 24 anos foram presos preventivamente, enquanto o autor dos disparos permanece foragido. Um quarto integrante, apontado como mandante, morreu em confronto com a Polícia Militar poucos dias depois do crime.
De acordo com o delegado, o grupo já era monitorado por envolvimento em uma série de delitos contra o patrimônio. A gravação, divulgada nesta sexta-feira (17), reforçou a linha de investigação sobre o motivo do assassinato. A Polícia Civil solicita que informações sobre o paradeiro de João Vitor Lorente Graciano, considerado o executor, sejam repassadas anonimamente pelos telefones 197 ou 0800 643 1121.
O caso reacendeu o alerta sobre o uso de redes criminosas para eliminar integrantes que rompem acordos internos ou ameaçam expor atividades ilícitas.
A DHPP mantém diligências para localizar o atirador e identificar eventuais cúmplices que possam ter auxiliado na fuga. Fontes ligadas à investigação afirmam que novas prisões podem ocorrer nos próximos dias.
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