Um vírus de computador é um tipo de programa que, de forma semelhante a um vírus biológico, se anexa a um hospedeiro para se multiplicar e espalhar sua infecção. Pode ser criado por qualquer pessoa com conhecimentos técnicos adequados, desde indivíduos isolados até grandes organizações, e tem a capacidade de infectar computadores, smartphones, tablets e até mesmo veículos inteligentes conectados à rede.
O termo vírus de computador é muitas vezes utilizado de forma incorreta como um rótulo abrangente para qualquer programa, plugin ou código suspeito que infecte softwares, sistemas e arquivos. Essa confusão ocorre principalmente porque a expressão se tornou popular no senso comum, muito usada em filmes e séries, como as franquias Jornada nas Estrelas e O Exterminador do Futuro. O termo correto para englobar todos os programas maliciosos é malware, do qual o vírus de computador é apenas uma das categorias. Outros exemplos de malware incluem spyware, worms e trojans.
Basicamente, o vírus de computador é um tipo de malware que se instala em um dispositivo e se replica. Alguns são criados para roubar ou corromper dados, outros para desestabilizar sistemas e torná-los inutilizáveis, e há ainda aqueles desenvolvidos apenas para entretenimento do programador, exibindo imagens ou mensagens na tela quando o computador é ligado ou um aplicativo é aberto.
É importante notar que, se o software malicioso não tiver a capacidade de se multiplicar e se espalhar, ele não é tecnicamente considerado um vírus, mesmo podendo ser extremamente perigoso.
Os diferentes tipos de vírus de computador geralmente são classificados de acordo com o que atacam e como funcionam, e não pela forma como foram criados ou programados.
Alguns vírus se encaixam em mais de uma categoria. Entre os exemplos comuns estão os vírus sequestradores de navegador, que alteram a página inicial, roubam dados e exibem anúncios; os vírus de setor de inicialização, que afetam discos de boot e a própria área de inicialização do disco rígido; os de ação direta, que são ativados ao abrir um arquivo ou programa baixado; e os propagados por e-mail, que se multiplicam anexando-se a mensagens eletrônicas, usando a lista de contatos da vítima ou explorando falhas do próprio aplicativo de e-mail para roubar informações.
Existem também os vírus de macro, escritos em linguagens específicas para anexar-se a documentos e ativar-se quando o arquivo é aberto; os polimórficos, que mudam de forma para evitar a detecção por antivírus; os residentes, que se instalam no sistema operacional e rodam em segundo plano, prejudicando o desempenho; e os não residentes, que encerram sua execução assim que cumprem sua função.
Embora muitos vírus consigam se manter ocultos, há sinais que podem indicar uma infecção. Entre eles estão a lentidão repentina do sistema, alterações inesperadas em configurações de aplicativos ou do próprio sistema operacional, notificações de serviços ou softwares que você não possui, instalação de extensões e plugins sem sua permissão, além da dificuldade de acessar a internet ou abrir determinados programas.
A proteção contra vírus e outros malwares exige um conjunto de práticas preventivas. Manter o sistema operacional e os aplicativos sempre atualizados reduz as brechas exploradas por criminosos. Conectar-se apenas a redes confiáveis diminui o risco de ataques, como o ARP spoofing, que intercepta dados de comunicação.
Evitar anexos suspeitos e nunca abrir e-mails de remetentes desconhecidos é essencial, já que essa é uma das formas mais comuns de propagação de vírus. Também é importante baixar arquivos somente de sites oficiais ou de fontes confiáveis, pois páginas duvidosas podem oferecer downloads aparentemente legítimos, mas carregados de softwares nocivos.
Instalar um bom antivírus é outro passo fundamental, já que ele detecta, remove e ajuda a prevenir novas infecções. Vírus de computador podem ser apenas inconvenientes ou representar graves riscos à segurança de dados e finanças, mas medidas de precaução reduzem significativamente o impacto e os danos que podem causar.
Além dos vírus, existem os chamados PUPs, sigla para Potentially Unwanted Programs (Programas Potencialmente Indesejados). São softwares que você não autorizou a instalar diretamente e que geralmente vêm embutidos em outros programas. Um PUP pode aparecer como adware, spyware, trojan, worm ou qualquer outro tipo de malware disfarçado.
Um exemplo famoso de malware é o vírus Zeus, também conhecido como Zbot, Zeus Gameover ou Trojan-Spy.Win32.Zbot. Detectado pela primeira vez em 2007, ele se tornou notório por atacar sistemas Microsoft Windows e ser amplamente utilizado para roubo de dados financeiros, comprometendo contas bancárias e informações sensíveis.
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