A Confederação Brasileira de Futebol confirmou mudanças no calendário nacional a partir de 2026, alterando a estrutura das Séries C e D e descartando a criação da Série E. A decisão busca reforçar as competições já existentes e ampliar o número de participantes nas divisões inferiores, medida que contraria parte das reivindicações de dirigentes de clubes de menor investimento. O novo formato brasileiro se aproxima de modelos utilizados em grandes ligas da Europa, priorizando estabilidade financeira e transições mais equilibradas entre os níveis do futebol nacional.
Na Inglaterra, o sistema é considerado um dos mais completos do mundo. A Premier League reúne 20 equipes e garante quatro vagas na Liga dos Campeões. A Championship, segunda divisão, tem 24 participantes, seguida pela League One e League Two, com o mesmo número de clubes. A National League fecha o ciclo profissional, também com 24 times, antes da estrutura se fragmentar em ligas regionais. A Copa da Inglaterra se destaca por integrar mais de 700 equipes, permitindo confrontos entre gigantes e times amadores.
Na Espanha, a LaLiga e a LaLiga 2 contam com 20 e 22 clubes, respectivamente. O rebaixamento e o acesso ocorrem por meio de playoffs e resultados diretos. A terceira divisão, Primera Federación, é dividida em dois grupos de 20 participantes e abriga filiais de grandes clubes, como Real Madrid Castilla e Barcelona Atlètic. As divisões seguintes, até a quinta, são geridas pela federação espanhola e compostas por campeonatos locais. A tradicional Copa do Rei reúne mais de 120 times de diferentes níveis.
Na Alemanha, o topo é formado pela Bundesliga, com 18 integrantes, e a 2. Bundesliga, com o mesmo formato. A 3. Liga fecha o nível nacional com 20 participantes. Abaixo, o futebol se regionaliza em cinco conferências da Regionalliga, que dão lugar a 14 ligas amadoras no quinto escalão. A Copa da Alemanha integra 64 times de várias divisões e proporciona duelos entre clubes profissionais e semiprofissionais.
Na França, tanto a Ligue 1 quanto a Ligue 2 têm 18 agremiações. O rebaixamento é direto para os dois últimos colocados, enquanto o 16º disputa repescagem. A National 1, terceira divisão, passa por reformulação e prevê expansão de clubes, refletindo mudanças semelhantes nas ligas inferiores. A Copa da França é conhecida por incluir equipes de territórios ultramarinos e times de todas as divisões, sem distinção de nível.
Na Itália, a Série A e a Série B possuem 20 clubes, com três rebaixamentos diretos. O acesso e o descenso envolvem mata-matas, principalmente na segunda divisão. A Série C reúne 60 participantes, divididos em três grupos regionais, enquanto a Série D conta com 162 times espalhados pelo país. A partir da quinta divisão, o sistema é formado por ligas amadoras locais. A Copa da Itália é disputada por equipes da elite, da segunda divisão e algumas convidadas da Série C.
No contexto brasileiro, a CBF pretende seguir a tendência de outros países, priorizando a consolidação das divisões existentes em vez de criar novas categorias. A ampliação da Série C e da Série D busca reduzir desigualdades regionais e garantir calendário mais extenso a clubes de menor expressão, fortalecendo o futebol nacional de forma sustentável.
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