A Polícia Rodoviária Federal desencadeou, na segunda-feira, uma série de ações que resultaram na maior apreensão de cigarros contrabandeados registrada recentemente no Paraná, somando mais de 1,1 milhão de maços distribuídos em diferentes veículos interceptados em rodovias estratégicas do estado. As operações ocorreram em Alto Paraíso, Maringá e Prudentópolis, culminando na prisão de quatro suspeitos ligados ao esquema de transporte ilegal de cargas vindas do Paraguai e destinadas ao comércio clandestino no país.
A primeira investida aconteceu na madrugada, por volta de 1h30, na BR-487, em Alto Paraíso, quando policiais interceptaram uma carreta com dois semirreboques carregada com 1.200 caixas, o equivalente a 600 mil maços de cigarros. O motorista, de 39 anos, admitiu que receberia pagamento pelo transporte da carga, que havia saído de Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul, em direção ao interior do Paraná.
Minutos depois, ainda na mesma região, outra equipe localizou uma segunda carreta carregada com aproximadamente 350 mil maços. O veículo apresentava sinais claros de adulteração, com numeração do semirreboque incompatível com os registros oficiais. O condutor, de 44 anos, foi preso em flagrante, não apenas pelo contrabando, mas também por adulteração de sinal identificador.
No início da manhã, por volta das 6h30, em Maringá, agentes da PRF inspecionaram um caminhão com placas alteradas estacionado na Avenida Guaiapó. Dentro dele estavam 150 mil maços de cigarros de origem estrangeira. Apesar da grande quantidade apreendida, ninguém foi preso no local. Simultaneamente, outra frente de ação ocorreu na BR-373, em Prudentópolis, em parceria com a Polícia Federal.
Dois motoristas, de 35 e 34 anos, desobedeceram ordem de parada e iniciaram uma fuga em alta velocidade pelas rodovias, que terminou em Guamiranga, após perseguição que colocou em risco diversos condutores. Dentro das caminhonetes estavam 50 mil maços de cigarros, o que resultou na prisão em flagrante dos suspeitos.
As apreensões reforçam não apenas a dimensão do contrabando de cigarros na região de fronteira, mas também os riscos à população. Produzidos sem qualquer controle sanitário, esses produtos podem conter níveis de substâncias tóxicas muito acima do permitido, intensificando os danos à saúde pública.
O impacto econômico é igualmente grave: o comércio ilegal alimenta a sonegação de impostos que soma bilhões de reais em prejuízo ao Estado, além de enfraquecer empresas que atuam dentro da legalidade, perpetuando um ciclo de concorrência desleal e financiamento de redes criminosas.
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