quinta-feira, setembro 25, 2025
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Simepar registra tornado em Santa Maria do Oeste

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O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) confirmou que os estragos registrados em Santa Maria do Oeste, na região Central do Estado, foram provocados por um tornado de categoria F1, associado à frente fria que atravessou o país nos dias 21 e 22 de setembro. A conclusão foi possível após avaliação de registros da prefeitura e da Polícia Militar, que mostraram o rastro de destruição em diferentes pontos do município.

Segundo especialistas, a confirmação de um tornado exige a aplicação de etapas técnicas. A primeira consiste na leitura de imagens de radar meteorológico, capazes de indicar a intensidade dos ventos e o deslocamento da instabilidade atmosférica. Na sequência, são analisados registros aéreos, geralmente obtidos com drones, que oferecem uma visão detalhada da área atingida, permitindo avaliar o padrão da devastação e distinguir o fenômeno de outras ocorrências climáticas severas.

“Através dessas imagens é possível perceber padrões na direção dos ventos com relação aos estragos provocados. Por exemplo, na situação de um tornado se percebe movimentos convergentes ao longo do seu deslocamento, numa região que é relativamente estreita, a depender da intensidade do fenômeno, como árvores que são tombadas ao longo de um deslocamento numa trajetória para um ponto em comum, ou destelhamentos na mesma direção”, explica Leonardo Furlan, meteorologista do Simepar.

Foi com este trabalho que os meteorologistas do Simepar classificaram a ocorrência em Santa Maria do Oeste, por volta das 2h de segunda-feira, como um tornado categoria F1. Uma nuvem funil tocou o solo em alguns momentos ao longo de sua trajetória, durante a passagem de uma intensa linha de instabilidades. A classificação do tornado dentro da escala Fujita indica rajadas de vento entre 117 e 180 km/h, mas acredita-se que na cidade as rajadas foram as menores desta escala: de no máximo 120 km/h.

“Também durante a tempestade, justamente porque era uma intensa linha de instabilidades que avançava pelo Oeste, Noroeste e Centro do Paraná, os ventos predominaram de forma linear, ou seja, numa única direção. Eles provocaram estragos de forma generalizada na cidade, mas com alguns pontos desde o oeste do município até a região central da cidade. Foi possível perceber uma trajetória descontínua com estragos mais intensos, o que confirma a ocorrência do fenômeno tornado na cidade”, detalha Furlan.

RAJADAS HISTÓRICAS – Entre domingo (21) e segunda-feira (22), algumas das rajadas de vento registradas pelas estações meteorológicas do Simepar foram as mais altas de suas séries históricas. É o caso de Ubiratã, no Centro-Oeste, que teve uma rajada de vento de 121 km/h à 1h15 de segunda-feira – a mais forte já registrada desde a instalação da estação meteorológica na cidade, em agosto de 2017.

Altônia, no Noroeste, registrou uma rajada de 102,2 km/h à 1h de segunda-feira – a mais alta para o mês desde o início da série histórica, em 2017, e a mais alta de todas desde maio de 2018, quando a cidade registrou uma rajada de 124,2 km/h.

A estação meteorológica em Antonina, no Litoral, registrou uma rajada de 70,9 km/h às 16h15 de domingo – a mais alta para o mês desde o início da série histórica, em 2014, e a mais alta de todas desde junho de 2020, quando a cidade registrou uma rajada que atingiu os 83,5 km/h.

Cruzeiro do Iguaçu (Sudoeste) registrou uma rajada de 54 km/h às 11h de domingo – a mais alta para o mês desde o início da série histórica, em 2021, e a mais alta de todas desde junho deste ano, quando a cidade registrou uma rajada que chegou a 72,4 km/h.

Francisco Beltrão (Sudoeste) teve uma rajada de 85,7 km/h às 11h45 de domingo – a mais alta para o mês desde o início da série histórica, em 2010, e a mais alta de todas desde março de 2018, quando a estação meteorológica do Simepar na cidade registrou 87,5 km/h.

Laranjeiras do Sul (Centro-Sul) registrou uma rajada de 80,3 km/h às 13h15 de domingo – a mais alta para o mês desde o início da série histórica, em 2018, e a mais alta de todas desde janeiro de 2024, quando a rajada de vento na cidade chegou a 112 km/h.

Loanda, no Noroeste, registrou uma rajada de 78,5 km/h às 8h15 de segunda-feira – a mais alta para o mês desde o início da série histórica, em 2017, e a mais alta de todas desde dezembro de 2023, quando a estação meteorológica na cidade registrou 78,8 km/h.

Na estação instalada no distrito de Horizonte, em Palmas (Sudoeste), às 10h de segunda-feira foi registrada uma rajada de 82,4 km/h – a mais alta para o mês desde o início da série histórica, em 2020, e a mais alta de todas desde março deste ano, quando a rajada de vento na cidade atingiu 92,5 km/h.

Por fim, em Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro, às 17h de domingo, foi registrada a maior velocidade de rajada de vento para o mês desde o início da série histórica, em 2019: 105,8 km/h. Também foi a rajada mais forte de todas na estação desde novembro de 2023, quando os valores chegaram a 113 km/h.

IMPACTOS – Da 0h de domingo até 12h de segunda o Paraná registrou 28.524 raios nuvem solo. Dos 399 municípios paranaenses, 394 receberam ao menos um raio neste período. As maiores incidências foram em Guarapuava (756 raios), Jaguariaíva (624), Reserva (494), Arapoti (484) e Alto Paraíso (449).

Os maiores volumes de chuva no domingo foram em Antonina (58,6 mm) e Candói (30,8 mm). Já na segunda-feira os acumulados de chuva foram muito mais altos: Guarapuava chegou a 100,7 mm, Ouro Verde do Oeste chegou a 102,2 mm, e Ubiratã a 92,6 mm. A chuva parou no estado na tarde de segunda-feira.

Além dos estragos causados pelo vento e chuva, a passagem da frente fria deixou para trás temperaturas mais baixas. Na terça-feira (23), várias cidades paranaenses amanheceram com temperaturas abaixo de 5°C. As temperaturas mais baixas foram em Guarapuava (1,1°C), Palmas (2,1°C), General Carneiro (Inmet: 2,7°C) e São Mateus do Sul (Inmet: 2,4°C). Houve registro de geada em Guarapuava, Turvo, Pitanga, e até mesmo em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba.

Nesta quarta (24), as mínimas foram mais altas. A menor temperatura do estado foi registrada na estação do Inmet em São Mateus do Sul: 5°C. A tendência é de aumento gradativo das temperaturas ao longo da semana. O tempo segue estável, com exceção da região da Serra do Mar e praias, onde os ventos que sopram do oceano trazem nebulosidade e possibilidade de chuva fraca ocasional.

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