terça-feira, setembro 23, 2025
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O esmalte que você usa pode afetar a sua saúde

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O esmalte de unhas existe há muito tempo, mas novas fórmulas e técnicas elevaram a prática a outro nível. Hoje, quem gosta de manicure encontra uma variedade quase infinita de cores e acabamentos, com opções que podem durar semanas. Mais do que estética, pintar as unhas tornou-se uma forma de expressão pessoal e, para muitos, também um cuidado com o bem-estar.

Existem dois tipos principais de esmalte. O tradicional é aplicado diretamente nas unhas e seca ao ar, permanecendo por cerca de uma semana antes de começar a descascar, sendo facilmente removido em casa com removedor. Já o esmalte em gel precisa ser curado sob luz ultravioleta, endurecendo em uma camada brilhante e resistente a lascas, que pode durar semanas. Sua remoção exige imersão em acetona e posterior raspagem ou lixamento.

A discussão sobre os efeitos do esmalte na saúde das unhas e do corpo segue em pauta. Há quem defenda a necessidade de “deixar as unhas respirarem” e quem se preocupe com substâncias presentes na composição. Em agosto, a União Europeia proibiu o uso do trimetilbenzoil difenilfosfina óxido (TPO), encontrado em alguns esmaltes em gel, determinando que, a partir de 1º de setembro, produtos com esse composto não poderiam mais ser vendidos ou utilizados em salões do bloco. Apesar disso, esmaltes com TPO ainda circulam no mercado global.

Segundo a dermatologista Nicole Weiler, o esmalte em si não é necessariamente prejudicial, mas os processos de aplicação e remoção podem fragilizar as unhas. Manipulações repetitivas, somadas ao uso frequente de removedores à base de acetona, podem provocar ressecamento, manchas esbranquiçadas chamadas pseudoleuconíquia e até quebras. A dermatologista Shari Lipner acrescenta que o uso excessivo pode levar ao acúmulo de queratina em áreas danificadas, o que também gera manchas visíveis.

O esmalte em gel, embora duradouro, oferece riscos adicionais. Sua retirada constante com acetona e raspagem pode enfraquecer a lâmina ungueal, facilitando rachaduras e descamações. O processo de cura expõe as mãos ou pés à radiação UVA, mesmo em lâmpadas comercializadas como LED, o que eleva a preocupação com câncer de pele. Além disso, compostos como acrilatos podem provocar reações alérgicas, causando vermelhidão, coceira ou inchaço ao redor das unhas.

A proibição do TPO na Europa foi baseada em estudos com animais, que sugeriram efeitos negativos sobre a reprodução em doses muito superiores às que seres humanos encontram no esmalte. Pesquisadores afirmam que não há, até o momento, evidências sólidas de riscos à fertilidade ou à saúde geral, e versões livres de TPO já estão disponíveis. Ainda assim, especialistas recomendam limitar o uso de esmalte em gel a poucas vezes por ano e buscar orientação médica em casos específicos, como gestação.

Polishes comercializados como “livres de toxinas” ou “five-free” excluem substâncias como formaldeído e tolueno. No entanto, não há estudos humanos de longo prazo que comprovem benefícios claros em relação ao esmalte comum. Especialistas lembram que muitas vezes tais selos funcionam mais como estratégia de marketing do que garantia real de segurança.

Embora as unhas não precisem literalmente de ar, pausas no uso de esmalte a cada alguns meses são indicadas, principalmente se houver sinais de ressecamento, fragilidade, descoloração ou reações adversas. Nesse período, recomenda-se hidratar unhas e cutículas com óleos ou cremes. Manter as unhas expostas também ajuda a identificar precocemente infecções ou deformidades.

Além do esmalte, práticas comuns em manicures e pedicures oferecem riscos adicionais. A retirada ou empurrão excessivo da cutícula expõe a matriz da unha a fungos, bactérias e vírus, podendo causar paroníquia, uma infecção dolorosa. O uso de lixas elétricas, muitas vezes para retirar gel, pode afinar excessivamente as unhas ou causar deformidades permanentes. A falta de esterilização adequada dos instrumentos aumenta o risco de contaminações. O método considerado mais seguro é a autoclavagem, que esteriliza os utensílios em bolsas seladas, sinalizando a correta higienização.

Alguns sinais exigem atenção médica imediata, como dor intensa, presença de pus, vermelhidão progressiva, deformidades súbitas ou alterações significativas de cor. Manchas escuras podem ser benignas, mas também indicar melanoma em casos raros. Unhas amareladas, espessas e quebradiças podem revelar infecção fúngica, enquanto marcas ou irregularidades podem estar relacionadas a condições como psoríase, deficiências nutricionais ou problemas da tireoide.

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