Relatos de experiências de quase-morte circulam há décadas: um clarão de luz, um túnel, vozes enigmáticas dizendo que ainda não chegou a hora. Agora, cientistas começam a levantar a hipótese de que algo ainda mais intrigante ocorre nesse instante. Quando o corpo dá sinais de desligamento, o cérebro pode entrar em sobrecarga, disparando uma última onda de consciência numa tentativa extrema de manter a vida.
Essa é a ideia central de uma das matérias mais lidas, que aborda o conceito de uma possível “consciência crepuscular” em pacientes à beira da morte. Pesquisadores identificaram um aumento repentino de ondas cerebrais gama (associadas à memória, à percepção e às experiências sensoriais) logo após pessoas serem declaradas clinicamente mortas. O achado coloca em xeque a própria noção de fim da vida, desafiando a compreensão médica e filosófica sobre o que significa morrer.
O fenômeno foi debatido por Andrew Daniels e John Gilpatrick, que detalharam casos insólitos, como o de um homem que recobrou a consciência na mesa de cirurgia pouco antes de ter seus órgãos retirados, ou o de uma idosa de 95 anos que, após seis dias em um caixão, levantou-se e preparou mingau porque sentia fome.
Além das histórias improváveis, surge a questão de fundo: estaria o cérebro dando um último esforço para encontrar um motivo para sobreviver? E se estivermos interpretando de forma equivocada o exato momento em que a morte realmente acontece?
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