Sete Facções agem no Paraná, segundo o MP-PR

Um levantamento do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), revelou a presença de sete facções criminosas atuando no estado, provocando um rastro de sangue em várias cidades do Paraná.

O estudo do Gaeco e do MP-PR mostra que o Primeiro Comando da Capital (PCC) é a maior das facções, seguido pelo Comando Vermelho e por grupos regionais como Máfia Paranaense; Cartel do Sul; Facção Ferro Velho e Primeiro Grupo Catarinense.

O PCC fincou os pés no Paraná em 1998, quando três fundadores foram transferidos para unidades prisionais do Estado.

Curiosamente a organização se consolidou especialmente em Londrina e no Norte Pioneiro, áreas de proximidade com São Paulo.

Além do tráfico de entorpecentes, o grupo já esteve envolvido em rebeliões, ataques contra agentes de segurança e outros crimes violentos.

O Comando Vermelho, originário do Rio de Janeiro, rival do PCC, passou a ter registros no Paraná a partir de 2014.

Inicialmente, concentrou atividades no litoral, em cidades como Paranaguá, Pontal do Paraná e Guaratuba.

Nos últimos anos, expandiu influência para o Oeste, alcançando municípios como Foz do Iguaçu e Palotina, além de Ponta Grossa, nos Campos Gerais.

Segundo o Gaeco, a disputa territorial pela venda de drogas tem relação direta com o aumento de homicídios nessas localidades.

Outros grupos também foram mapeados pelo Gaeco, considerados do baixo clero, mas com a mesma maneira de atuação.

A Máfia Paranaense surgiu em 2014 nos presídios de Curitiba e Piraquara, mantendo-se restrita à região metropolitana.

A Facção Ferro Velho é apontada como responsável por mortes e tráfico em Maringá desde 2011.

Já o Cartel do Sul se consolidou em 2021 na Casa de Custódia de São José dos Pinhais e ampliou atividades para o litoral e os Campos Gerais, inclusive em crimes transnacionais.

O Primeiro Grupo Catarinense, embora não possua núcleo fixo no Paraná, mantém ligações com facções locais desde 2013.

O Ministério Público informou que monitora a expansão dessas organizações e realiza operações conjuntas com as polícias Militar, Civil e Penal.

O secretário de Segurança Pública, Hudson Teixeira, destacou que o mapeamento serve para orientar o emprego de tropas especiais em regiões críticas e reforçar a integração das inteligências.

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