As vendas do comércio varejista ampliado do Paraná registraram crescimento de 2,3% entre junho e julho deste ano, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgada em 11 de setembro. O desempenho colocou o Estado na liderança entre as unidades federativas das regiões Sul e Sudeste e ficou um ponto percentual acima da média nacional, que no mesmo período alcançou 1,3%.
O comércio varejista ampliado, além das atividades tradicionais, considera também as vendas de veículos e de materiais de construção, dois segmentos estratégicos que permitem avaliar de forma mais precisa a dinâmica do consumo e da geração de receitas do setor como um todo.
O Paraná superou estados com mercados consumidores mais expressivos, como São Paulo, que teve alta de 0,7%, e Rio de Janeiro, com 2,1%, além de apresentar desempenho superior a Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ambos com 0,6%, Minas Gerais com 0,3% e Espírito Santo, que registrou queda de 2,6%.
No acumulado do ano, o comércio varejista ampliado do Paraná apresentou crescimento de 1,4%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses a elevação foi de 2,8%, o que indica uma trajetória consistente mesmo em um cenário nacional marcado por oscilações sazonais.
O setor de materiais de construção foi um dos destaques, com aumento de 6,4% em julho na comparação com o mesmo mês de 2024, crescimento de 6% no acumulado do ano e de 9,1% nos últimos 12 meses. Já o segmento de veículos, motocicletas, partes e peças registrou variação positiva de 0,3% em 2025 e de 7,5% em 12 meses, contribuindo de forma relevante para o resultado geral. O varejo restrito, que exclui veículos e materiais de construção, também apresentou desempenho expressivo.
Em julho, as vendas cresceram 3,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, índice mais de três vezes superior à média nacional de 1%. No acumulado do ano, o comércio varejista restrito do Paraná avançou 2,5%, contra 1,7% da média do País.
Entre os segmentos que mais impulsionaram o crescimento estão móveis e eletrodomésticos, com aumento de 9,2%, artigos de uso pessoal e doméstico, com 6,5%, livros, jornais, revistas e papelaria, com 6,2%, e hipermercados e supermercados, com 4,9%.
O bom desempenho no volume de vendas também se refletiu nas receitas nominais, que representam o faturamento total do setor. Ao contrário do índice de volume, que mede apenas a quantidade de mercadorias comercializadas, a receita nominal mostra o valor financeiro movimentado pelas transações, sendo um indicador importante para avaliar o impacto direto no caixa das empresas.
No comércio varejista ampliado, as receitas nominais cresceram 2,3% em julho em relação a junho, 3,1% em comparação a julho de 2024 e 5,6% no acumulado do ano. O setor de materiais de construção foi novamente destaque, com crescimento de 11% no faturamento de julho e 10,8% no acumulado do ano. No segmento de veículos e peças, os aumentos foram de 2% no acumulado de 2025 e de 8,2% nos últimos 12 meses.
No varejo restrito, móveis e eletrodomésticos registraram alta de 13,2% no faturamento em julho, artigos de uso pessoal e doméstico avançaram 12,1% e livros, jornais e papelaria cresceram 12%, confirmando que além de vender mais, o comércio do Paraná também movimentou mais recursos financeiros em diferentes áreas, consolidando seu papel de destaque no cenário nacional.
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