Os computadores possuem portas USB que utilizamos para conectar diversos dispositivos, desde os mais úteis até os mais inusitados. Na maioria das vezes, essas portas têm uma função temporária, como quando plugamos um pen drive para transferir arquivos de um dispositivo para outro.
Esse método é prático, rápido e compacto, o que leva muitos usuários a adotarem atalhos e práticas que parecem inofensivas, mas que podem trazer riscos. Um exemplo comum é o hábito de simplesmente retirar o pen drive do computador sem utilizar a função de ejetar com segurança.
À primeira vista, essa prática pode não parecer problemática, mas a verdade é que pode danificar arquivos de forma temporária ou até mesmo permanente, além de comprometer o próprio dispositivo.
Quando o pen drive é conectado ao computador, estabelece-se uma conexão por meio dos contatos metálicos internos, e o processo de transferência de dados é iniciado. Contudo, nem sempre todas as informações são transferidas de uma só vez.
O sistema operacional muitas vezes utiliza um recurso chamado cache, que é uma memória temporária usada para armazenar dados enquanto aguarda o momento ideal para concluir a transferência, levando em conta o tamanho dos arquivos e as demandas de energia do computador.
Se o dispositivo for removido antes da ejeção, os arquivos podem não ter sido gravados integralmente, resultando em falhas que o usuário pode perceber imediatamente, ao tentar abrir um arquivo corrompido, ou somente mais tarde, quando notar que parte dos dados não foi salva.
A tentativa de corrigir o erro simplesmente reconectando o pen drive pode não surtir efeito. Em alguns casos, a remoção incorreta pode causar danos ao sistema de arquivos ou gerar erros que impedem o computador de reconhecer o dispositivo ou de acessar os dados que pareciam estar seguros. Por isso, a recomendação é sempre ejetar o pen drive corretamente, garantindo que todo o processo de gravação seja concluído antes da retirada.
O procedimento é simples: basta clicar com o botão direito no ícone do dispositivo no gerenciador de arquivos e selecionar a opção “Ejetar”. Em muitas situações, ao conectar um pen drive, também aparece um ícone temporário na barra de tarefas, próximo ao relógio, no mesmo local em que se acessa a internet ou verifica a rede Wi-Fi.
Ao clicar com o botão direito nesse ícone, surge um menu que também permite ejetar o dispositivo com segurança. Ainda que o pen drive esteja conectado há dias sem uso e sem novas transferências de dados, é mais seguro adotar o procedimento correto e evitar riscos de perda de informações. Poucos segundos de precaução podem evitar prejuízos significativos.
No caso de computadores com Windows 10 ou Windows 11, existe ainda a configuração chamada “Remoção Rápida”, que permite retirar o pen drive sem a necessidade de ejetá-lo manualmente. Esse recurso funciona desativando operações de cache, o que reduz o risco de corromper arquivos ao retirar o dispositivo de forma abrupta.
No entanto, essa desativação pode comprometer o desempenho geral do sistema em determinadas tarefas. Para ativar essa função, é necessário plugar o pen drive, clicar com o botão direito no ícone do menu Iniciar, selecionar “Gerenciamento de Disco”, localizar o disco correspondente (por exemplo, Disco 1), clicar com o botão direito e acessar “Propriedades”.
Em seguida, basta abrir a guia “Políticas” e habilitar a opção “Remoção Rápida”. Ainda assim, especialistas recomendam cautela: mesmo com essa configuração, o ideal continua sendo ejetar o dispositivo manualmente, já que a pressa pode custar caro em termos de dados perdidos ou corrompidos.
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