sexta-feira, agosto 22, 2025
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Tipo de treino e personalidade influenciam na motivação para se exercitar

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Para algumas pessoas, a ideia de ir para a academia é a última coisa que gostariam de fazer, mas isso pode ser mudado. Uma pesquisa indicou que a motivação para se exercitar pode estar ligada à compatibilidade entre o tipo de treino escolhido e a personalidade de cada indivíduo. O estudo não apenas reforça essa relação como também sugere que compreender o próprio perfil pode aumentar as chances de manter uma rotina de exercícios.

Na pesquisa, 132 participantes foram avaliados em laboratório para determinar seus níveis iniciais de condicionamento físico. Em seguida, foram divididos em dois grupos: um deles seguiu durante oito semanas um programa de treino em casa, baseado em exercícios de ciclismo e de força, enquanto o outro manteve sua rotina de atividades habituais. Durante esse período, todos responderam a questionários sobre o quanto estavam gostando do treinamento no início, após uma semana e ao final das oito semanas.

Paralelamente, os pesquisadores analisaram traços de personalidade dos voluntários, como extroversão (tendência a ser sociável e enérgico), conscienciosidade (ser organizado e disciplinado), agradabilidade (ser empático e conciliador), neuroticismo (propensão à ansiedade e a se abalar facilmente) e abertura (predisposição para novas ideias e experiências).

Os resultados mostraram que esses traços influenciam diretamente o tipo de exercício que cada pessoa tende a apreciar mais. Essa constatação é importante porque pode ajudar na adaptação dos programas de treino para que se tornem mais atraentes e sustentáveis.

Pessoas extrovertidas, por exemplo, tendem a preferir atividades intensas, como sessões de alta resistência ou treinos intervalados de alta intensidade. Já indivíduos mais introvertidos, que compartilham características semelhantes às de pessoas com altos níveis de neuroticismo, podem se sentir mais confortáveis com treinos que ofereçam privacidade e independência, aproveitando os efeitos de redução de estresse proporcionados pela prática regular.

Os pesquisadores ressaltaram ainda que os traços de personalidade podem interagir entre si, o que gera combinações distintas de comportamentos. Alguém muito neurótico pode evitar exercícios por medo de ser julgado, mas se também for altamente consciencioso pode se sentir compelido a manter a prática, já que tem consciência dos benefícios para a saúde, chegando até a ficar mais ansioso quando perde um treino.

Essa relação entre personalidade e atividade física é relevante porque ajuda a entender por que algumas pessoas têm mais dificuldade em manter a motivação. Segundo especialistas, compreender as próprias características pode orientar escolhas mais adequadas, aumentando as chances de se envolver em atividades que gerem prazer e, consequentemente, sejam mantidas a longo prazo.

Apenas fazer exercícios porque são considerados benéficos geralmente não basta; o fator determinante é quando o indivíduo encontra satisfação e reforço positivo na prática. Profissionais de treinamento pessoal relatam que os melhores resultados são alcançados quando o aspecto individual é respeitado, mesmo que os objetivos de condicionamento sejam semelhantes entre diferentes alunos.

Identificar se uma pessoa se inclina mais para a introversão ou extroversão pode ajudar nesse processo. Extrovertidos costumam buscar estímulos, preferindo ambientes movimentados, música alta e atividades em grupo. Introvertidos, por outro lado, tendem a evitar estímulos intensos, preferindo espaços mais tranquilos e interações reduzidas, como refeições calmas com poucas pessoas.

Existe ainda o perfil intermediário, chamado de ambivertido, no qual o indivíduo combina características das duas categorias, podendo se sentir confortável em ambientes sociais, mas necessitando de momentos de isolamento para recuperar energia.

Como os tipos de personalidade se distribuem em um espectro, é difícil encaixar cada pessoa em uma única classificação. Os especialistas ressaltam que essa flexibilidade é justamente um ponto a ser considerado na busca por uma atividade física adequada.

Se determinado tipo de treino não agrada, vale experimentar outras opções até encontrar a que se adapta melhor. O estudo mostra que não existe uma única receita para todos, mas sim um caminho personalizado em que a motivação está diretamente ligada à forma como cada um lida com seu próprio corpo e mente.

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