segunda-feira, agosto 18, 2025
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A maneira mais eficaz de retirar microplásticos da água

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Fragmentos minúsculos de plásticos estão penetrando em grandes quantidades no interior do corpo humano, principalmente por meio dos alimentos e das bebidas que consumimos. Pesquisadores na China descobriram uma forma simples e eficaz de remover esses resíduos da água ao realizar testes tanto em água doce quanto em água de torneira mais dura, rica em minerais. Eles adicionaram nanoplásticos e microplásticos à água, ferveram o líquido e depois filtraram os precipitados formados.

Segundo os cientistas da Universidade Médica de Guangzhou e da Universidade de Jinan, esses nanoplásticos e microplásticos, que conseguem escapar dos sistemas centralizados de tratamento, são uma preocupação crescente no mundo, pois representam riscos potenciais à saúde humana. Em alguns casos, até 90% dessas partículas foram eliminadas pelo processo de fervura seguido da filtragem, embora a eficácia tenha variado de acordo com o tipo de água analisada.

A principal vantagem é que esse método pode ser realizado por praticamente qualquer pessoa usando apenas utensílios comuns de cozinha. Os pesquisadores explicam que essa estratégia simples pode descontaminar a água de torneira e reduzir a ingestão dessas partículas de plástico.

A remoção foi mais eficaz na água dura, onde o aquecimento forma depósitos de carbonato de cálcio, substância conhecida como calcário, facilmente visível no interior de chaleiras. Esse composto se adere às superfícies plásticas quando a temperatura força sua precipitação, aprisionando os fragmentos em uma crosta que pode ser retirada depois com o auxílio de filtros simples, como uma peneira de aço usada para coar chá.

Os resultados mostraram que a eficiência da precipitação aumentava conforme crescia a dureza da água, passando de 34% a 80 mg por litro para até 84% e 90% em concentrações de 180 e 300 mg por litro de carbonato de cálcio, respectivamente. Mesmo na água doce, onde a quantidade de carbonato dissolvido é menor, cerca de um quarto dos plásticos foi retido.

Em testes mais extremos, quando foram adicionadas ainda mais partículas, o método continuou a reduzir significativamente a presença desses fragmentos. Para os cientistas, beber água fervida pode ser uma estratégia viável de longo prazo para diminuir a exposição global a micro e nanoplásticos, apesar de ser um hábito cultural limitado a algumas regiões do planeta.

Ainda não está claro até que ponto essas partículas prejudicam o corpo humano, mas estudos anteriores já as relacionaram a alterações no microbioma intestinal e ao aumento da resistência bacteriana a antibióticos.

Os autores da pesquisa destacam que seus resultados confirmam a viabilidade da técnica, ao mesmo tempo em que reforçam a necessidade de novas investigações em larga escala para compreender melhor como o simples ato de ferver a água pode ajudar a conter os efeitos nocivos dos plásticos que, cada vez mais, se espalham pelo ambiente e, inevitavelmente, acabam dentro de nós.

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