A série de estudos mais recente envolvendo o Ozempic, conduzida com camundongos, sugere que a perda de massa muscular associada ao uso do medicamento pode ser menor do que se supunha, mas ainda assim acompanhada de redução de força em alguns músculos, levantando dúvidas sobre potenciais impactos funcionais em usuários humanos. O trabalho, liderado por Katsu Funai, mostra que a perda de massa magra registrada foi de aproximadamente 10%, sendo que a maior parte desse valor não veio dos músculos esqueléticos, mas sim de órgãos como o fígado, que diminuiu quase pela metade.
Segundo os pesquisadores, alterações no tamanho de órgãos metabolicamente ativos, como o fígado, podem ocorrer em processos saudáveis de emagrecimento, sem necessariamente comprometer sua função. Ainda assim, houve redução de cerca de 6% no volume de alguns músculos esqueléticos, enquanto outros mantiveram o mesmo tamanho. A perda de força, porém, foi observada mesmo em músculos que não diminuíram de volume, sugerindo que a relação entre tamanho e desempenho muscular pode ser mais complexa.
O achado preocupa especialmente no caso de adultos com mais de 60 anos, faixa etária que já apresenta risco elevado de perda muscular e redução da mobilidade. Funai destaca que a diminuição da função física é um indicador importante não apenas da qualidade de vida, mas também da longevidade.
Os autores alertam que os resultados não devem ser extrapolados diretamente para humanos, já que camundongos e pessoas acumulam e perdem peso de formas diferentes. Enquanto humanos com obesidade tendem a ser menos ativos, camundongos não apresentam a mesma redução de movimento, e no estudo o ganho de peso foi induzido por dieta rica em gordura, ao contrário da multiplicidade de fatores que afetam o peso em pessoas, como genética, hábitos alimentares, padrões de sono e idade.
Para os cientistas, as conclusões reforçam a necessidade de estudos clínicos voltados não apenas à mensuração da massa magra, mas também da função muscular em usuários de medicamentos para perda de peso. Funai ressalta que, com a chegada de novas drogas do gênero nos próximos anos, é essencial que os testes incluam avaliações de força física, de forma a compreender completamente o impacto desses tratamentos no organismo.
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