quinta-feira, agosto 14, 2025
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Homem desaparecido é encontrado congelado

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Em junho de 1997, um homem paquistanês de 31 anos chamado Naseeruddin, enquanto viajava pelo Vale de Supat, na região montanhosa do norte do Paquistão conhecida como Kohistan, entrou em uma caverna e nunca mais foi visto.

Ele deixou esposa e dois filhos, e por anos a família procurou por qualquer sinal dele, mas nunca acharam ele. Segundo Malik Ubaid, sobrinho do desaparecido, a família fez de tudo para encontrá-lo, chegando a visitar várias vezes a geleira próxima para tentar recuperar o corpo, mas acabaram desistindo, pois as condições tornavam impossível a busca.

Após quase três décadas, a procura chegou ao fim quando, em 31 de julho, um pastor local chamado Omar Khan encontrou o corpo ainda com o documento de identidade. A descoberta surpreendeu porque o cadáver estava intacto, com as roupas preservadas e sem rasgos. Durante 28 anos, Naseeruddin permaneceu mumificado no gelo glacial, resultado de um congelamento rápido que o protegeu da umidade e do oxigênio.

O Paquistão abriga cerca de 7 mil geleiras, o maior número fora das regiões polares da Terra, e como ocorre em várias partes do mundo, essas massas de gelo vêm diminuindo devido às mudanças climáticas causadas pela ação humana. No norte do país, a redução das nevascas e o aumento da incidência direta da luz solar estão acelerando o derretimento, o que expôs o corpo de Naseeruddin e permitiu que o pastor pusesse fim a um mistério doloroso. A família declarou sentir alívio por finalmente recuperar o corpo. Geleiras e outros corpos de gelo, como as calotas, funcionam como cápsulas do tempo naturais, preservando informações sobre o passado da Terra.

Cientistas perfuram núcleos de gelo para analisar bolhas de ar e a composição isotópica, revelando registros de eventos climáticos antigos. Elas também preservam partes do passado humano, como no caso mais famoso, o de Ötzi, o “Homem do Gelo”, encontrado nos Alpes italianos em 1991 com tecidos e órgãos intactos, permitindo um raro vislumbre da vida no período neolítico, inclusive sobre sua última refeição. Embora o gelo preserve tecidos moles, não é tão eficiente quanto o congelamento criogênico, por isso tanto Ötzi quanto soldados da Primeira Guerra Mundial encontrados em 2017 apresentavam sinais de decomposição e desidratação. O destino de Naseeruddin é semelhante ao de muitos exploradores que se aventuram em altitudes frias e perigosas.

Em 2024, foi relatada a recuperação parcial do corpo do alpinista Sandy Irvine, desaparecido no Everest há um século. Equipes que realizam campanhas de limpeza na montanha mais alta do mundo frequentemente encontram escaladores que desapareceram há décadas, preservados pelo gelo. Com o rápido recuo das geleiras no planeta, outros mistérios, tanto trágicos quanto fascinantes, ainda podem vir à tona nas regiões mais elevadas.

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