sábado, julho 26, 2025
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Trump revela o Plano de Ação para a IA nos EUA

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A administração Trump elaborou um plano para garantir que os Estados Unidos mantenham a liderança na chamada “corrida da inteligência artificial (IA) ”. Embora muitos considerem que o país já esteja na dianteira, a China tem avançado rapidamente e reduzido essa vantagem.

O rápido progresso chinês na área está corroendo a supremacia que os EUA sustentavam até agora. No entanto, o presidente Trump pretende não apenas preservar, mas ampliar essa liderança, conforme indica um documento recém-divulgado intitulado Plano de Ação para a IA da América.

Esse plano se apoia fortemente na ideia de eliminar burocracias que, segundo o governo, estariam atrasando o desenvolvimento das empresas de IA. Na prática, isso significa que o governo deixaria de impor restrições quanto à velocidade e ao alcance do avanço tecnológico dessas companhias.

Essa abordagem tem gerado preocupações: especialistas alertam que, sem fiscalização adequada, a expansão da IA pode resultar no aumento de fraudes, golpes digitais e outros problemas. Para Trump, porém, regulamentar demais o setor poderia frear a inovação. Por isso, o plano prevê incentivos fiscais, maior acesso a centros de dados essenciais para o funcionamento de modelos de linguagem de larga escala, entre outros apoios.

Essa postura tem gerado inquietação entre aqueles que defendem o fortalecimento das medidas de segurança no uso de IA. Trata-se de uma tecnologia ainda recente e sem regulamentação sólida, cujos impactos de longo prazo na sociedade ainda são amplamente desconhecidos.

Entre os pilares do plano está a proposta de tornar os sistemas de IA open-source e com pesos abertos, ou seja, com código e parâmetros disponíveis ao público. A administração também afirma que a IA desenvolvida nos EUA deverá proteger a liberdade de expressão e os chamados “valores americanos”.

No entanto, esse ponto levanta controvérsias, já que alguns defendem que, por exemplo, a criação de vídeos manipulados com figuras públicas (como celebridades ou políticos) seria uma forma de liberdade de expressão, quando, na verdade, pode configurar invasão de privacidade, uso indevido da tecnologia ou até fraude. O próprio Trump já divulgou vídeos gerados por IA incluindo um em que o ex-presidente Obama aparece sendo preso pelo FBI no Salão Oval.

Diante disso, crescem as preocupações com os rumos dessa política. Embora a aceleração do desenvolvimento da IA pareça positiva à primeira vista, há receios sobre seus impactos no mercado de trabalho e na capacidade cognitiva da população. Alguns estudos já apontam que o uso intensivo dessas tecnologias pode levar à diminuição da capacidade de raciocínio autônomo, uma vez que as pessoas passam a depender cada vez mais das respostas prontas geradas por máquinas.

O plano ainda prevê a ampliação do acesso à IA desenvolvida nos EUA por países aliados e parceiros estratégicos. Resta saber se essa iniciativa irá consolidar ou enfraquecer a posição dos Estados Unidos no cenário global da inteligência artificial. Um ponto, porém, parece certo: com menos regulamentação, é provável que golpes envolvendo deepfakes, vídeos enganosos nas redes sociais e chamadas telefônicas fraudulentas se tornem mais sofisticados e difíceis de identificar.

Talvez seja hora de dar mais atenção aos alertas de especialistas como o chamado “pai da IA”, que já demonstraram preocupação com os riscos de a tecnologia fugir do controle humano.

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