A Polícia Civil do Paraná prendeu preventivamente três homens, com idades entre 25 e 32 anos, apontados como autores do assassinato de Elias Andrade Lopes da Silva, ocorrido em 26 de junho, no bairro Rebouças, em Curitiba. Segundo informações levantadas pela investigação, a vítima, em situação de rua, teria buscado abrigo e socorro nas dependências externas de um posto de combustíveis, sendo logo em seguida alcançada e brutalmente agredida pelos suspeitos.
As imagens captadas pelas câmeras de segurança do local revelam uma sequência de violência que se estendeu por cerca de meia hora. A vítima foi alvo de múltiplos golpes, incluindo socos, chutes, e agressões com uso de cassetetes, uma barra de ferro e um martelo. Elias chegou a ser encaminhado a uma unidade hospitalar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu poucas horas depois.
De acordo com o delegado Ivo Viana, responsável pelo inquérito, os agressores justificaram a violência com a alegação de que a vítima estaria envolvida em furtos na região. A linha investigativa, no entanto, ampliou o escopo após surgirem indícios de que os mesmos indivíduos estariam envolvidos em outro episódio de violência contra moradores de rua, ocorrido na madrugada de 10 de julho, no bairro Prado Velho.
Nesse segundo caso, duas vítimas foram espancadas e uma delas esfaqueada nas costas, próximo ao pulmão, encontrando-se atualmente em estado grave. Uma testemunha reconheceu um dos suspeitos como participante da ação. O padrão das agressões e a forma de atuação indicam uma possível sequência de ataques, com relatos de testemunhas que apontam ainda para episódios anteriores, incluindo incêndios deliberados em barracos utilizados por pessoas em situação de rua.
As investigações indicam que, em todas as ocorrências, os suspeitos utilizavam balaclavas para ocultar o rosto, agiam com extrema violência e se deslocavam em um veículo pertencente à empresa de segurança privada para a qual prestavam serviços. Além disso, faziam uso recorrente de instrumentos como cassetetes, facas e barras de ferro, aumentando as suspeitas de que as agressões não foram atos isolados, mas parte de uma possível conduta sistemática.
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