Como o mundo vai acabar? Enquanto alguns refletiram sobre um possível fim da vida na Terra por meio do fogo ou do gelo, há quem busque explicações científicas. Outros ainda ampliam o olhar e tentam compreender quando o universo como um todo chegará ao fim. Um novo estudo aponta agora a possibilidade de que o universo comece a encolher dentro de aproximadamente 7 bilhões de anos, rumo ao que os cientistas chamam de “Grande Colapso”.
A pesquisa foi conduzida utilizando dados reunidos a partir de diversos levantamentos astronômicos, como a mensuração de energia escura. A equipe desenvolveu um novo modelo que sugere que o universo terminará em um evento conhecido como a “Big Crunch”, uma hipótese científica que prevê o colapso total do cosmos sobre si mesmo. Segundo esse modelo, o fim ocorreria cerca de 33,3 bilhões de anos após o Big Bang.
Partindo desse marco final, os pesquisadores recuaram no tempo. Atualmente, estima-se que o universo tenha em torno de 13,8 bilhões de anos. Considerando essa idade e a previsão do colapso total, restariam aproximadamente 20 bilhões de anos até que o universo deixe de existir tal como conhecemos. Essa projeção desafia a teoria amplamente aceita de que o universo continuará se expandindo indefinidamente, o que levaria a um “Grande Congelamento”, caracterizado por um estado de energia mínima e temperaturas próximas do zero absoluto.
De acordo com o novo modelo, a expansão cósmica ainda prosseguiria por cerca de 7 bilhões de anos. Após esse período, daria início a um processo de retração. A contração continuaria até que tudo colapsasse em um único ponto, eliminando toda a matéria e energia existente. Embora essa hipótese seja inquietante, não é algo que represente uma ameaça direta para a humanidade atual ou para muitas gerações futuras.
Uma forma didática de entender o fenômeno é imaginar o universo como um grande elástico. À medida que ele se expande, esse elástico se estica. Contudo, chega um momento em que ele não pode mais se alongar, e a força de retração se torna maior do que a de expansão. Nesse ponto, tudo começa a se contrair novamente, como se o elástico voltasse com força à sua forma original.
É um desfecho que pode soar melancólico para o cosmos, e não há maneira de prever como seria essa experiência caso pudesse ser observada. Felizmente, não é algo que precise preocupar as civilizações atuais. Além disso, essa teoria ainda está longe de ser confirmada. Os cientistas reconhecem que o universo pode, afinal, continuar se expandindo para sempre, e outras hipóteses seguem sendo consideradas pela comunidade científica.
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