Anderson Teixeira, presidente do Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana), responde a 157 acusações de peculato, conforme denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR). A ação, que apura desvios de R$ 607 mil, resultou em dois mandados de busca e apreensão cumpridos nesta sexta-feira, dia quatro de julho.
As diligências ocorreram em residência no bairro Sítio Cercado, capital, e em uma propriedade rural em Mandirituba. O objetivo era localizar valores em espécie para reparação dos danos ao sindicato. O material apreendido não foi divulgado.
Além do sindicalista, seis familiares foram denunciados por 120 atos criminosos, incluindo uso de recursos para compras de bebidas alcoólicas.
Também está envolvivo no processo o ex-vereador de Curitiba, Rogério Campos, com base eleitoral no bairro do Tatuquara.
A Justiça determinou o afastamento de Anderson Teixeira do cargo, que ocupava há 15 anos.
O promotor Thiago Artigas Niclewicz destacou que os desvios beneficiaram o presidente e seus parentes. As investigações, iniciadas em 2010, culminaram na denúncia formal em maio de 2025.
Em entrevista, Anderson Teixeira negou as acusações, atribuindo-as a disputas eleitorais no sindicato.
A defesa alega cooperação com as investigações, incluindo quebra de sigilo bancário.
O caso tramita na 10ª Vara Criminal de Curitiba.