segunda-feira, junho 30, 2025
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Cinco coisas que estimulam o cérebro

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O cérebro humano é um órgão complexo. À medida que envelhecemos, nos preparamos para um declínio inevitável na memória e na função cognitiva de forma geral. Essa mudança gradual é uma consequência normal do envelhecimento, explica a neuropsicóloga clínica Dra. Judy Ho. No entanto, quando começamos a esquecer compromissos constantemente, repetir as mesmas perguntas num curto intervalo de tempo por não conseguirmos reter informações recém-aprendidas, ter dificuldades persistentes com tarefas diárias que antes pareciam simples ou enfrentar um nível de distração maior do que o habitual, isso pode indicar um declínio cognitivo que foge ao esperado e merece atenção especializada.

Apesar das mudanças naturais que acompanham o passar dos anos, existem práticas simples que podemos incorporar à nossa rotina para manter o cérebro afiado diariamente, e essas atitudes podem começar agora mesmo. Manter-se fisicamente ativo é uma delas. A gerontóloga Dra. Lakelyn Eichenberger afirma que o movimento diário favorece a saúde cerebral e melhora tanto o humor quanto as funções cognitivas. Atividades prazerosas como uma caminhada diária ou até dançar são ótimas escolhas. A chave está em encontrar uma forma de movimentar o corpo que seja agradável, algo que gere expectativa e prazer, facilitando a criação de um hábito sustentável.

Outra prática essencial é cultivar uma boa higiene do sono. Durante o sono profundo, o cérebro elimina resíduos e consolida memórias. A Dra. Ho alerta que noites mal dormidas podem simular ou agravar sintomas cognitivos. Criar uma rotina noturna consistente, evitando estímulos como o uso do celular antes de dormir, e incluir atividades relaxantes como leitura, escrita reflexiva ou alongamentos leves ajuda o cérebro a entrar em um estado restaurador, promovendo um sono de melhor qualidade.

Estimular o cérebro com atividades desafiadoras também é fundamental. Resolver palavras cruzadas, jogar jogos de raciocínio como palavras cruzadas, aprender um novo idioma ou instrumento musical são maneiras eficazes de construir uma reserva cognitiva, que funciona como uma proteção contra o declínio. De acordo com a Dra. Ho, é ainda mais proveitoso desafiar-se em áreas que não fazem parte de sua rotina, pois isso força o cérebro a criar novas conexões e ativa regiões menos estimuladas no dia a dia.

A conexão social também tem papel crucial na preservação da saúde mental. A amizade, além de lembrar que não estamos sozinhos, oferece benefícios concretos à saúde do cérebro. A conversa e o vínculo com outras pessoas estimulam as funções cognitivas e reduzem a sensação de isolamento. A Dra. Eichenberger destaca que esses momentos de troca são poderosos. Já a Dra. Ho afirma que manter interações significativas e regulares ajuda a prevenir a perda de memória e a depressão. Não é necessário encontrar amigos todos os dias; ligar no fim de semana, tomar um café durante o intervalo do trabalho ou caminhar junto por alguns minutos já são ações eficazes e com impactos positivos duradouros.

A alimentação, por fim, também é um fator determinante. Nutrir o corpo significa também nutrir o cérebro. Dietas ricas em vegetais folhosos, frutas vermelhas, grãos integrais e gorduras saudáveis promovem o bom funcionamento cognitivo a longo prazo. Os vegetais de folhas verdes são ricos em folato e vitamina K, essenciais para as células cerebrais. As frutas vermelhas são carregadas de antioxidantes que combatem o estresse oxidativo. Peixes gordurosos oferecem ômega-3, que ajuda a reduzir inflamações no cérebro. As oleaginosas contêm ácido alfa-linolênico, associado à diminuição do declínio cognitivo. Os grãos integrais ajudam a estabilizar a glicemia e fornecem energia constante ao cérebro. O azeite de oliva é fonte de gorduras monoinsaturadas que favorecem a saúde dos vasos sanguíneos. E, com moderação, o chocolate amargo contém flavonoides que podem melhorar a circulação cerebral. Uma dieta equilibrada que inclua esses alimentos permite cuidar do cérebro sem abrir mão dos prazeres alimentares, inclusive doces.

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