sexta-feira, junho 27, 2025
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Vai passear com o cachorro? Use guias com cordões mais longos

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Apesar de todos os benefícios que a caminhada com cães pode oferecer, essa prática também apresenta um risco importante à saúde: problemas na coluna. Por um lado, o hábito de sair regularmente para passear com o animal ajuda a fortalecer a região lombar, que corresponde à parte inferior da coluna vertebral, onde ocorre uma curvatura natural. Por outro, cães mais agitados, especialmente aqueles que puxam com força a guia, podem causar lesões musculares e articulares em seus tutores, alerta o cirurgião ortopédico Reinhard Schneiderhan.

Para minimizar esse risco, é fundamental utilizar uma guia com comprimento adequado, que evite sobrecarga na postura e nos músculos do condutor. Além disso, para pessoas que já enfrentam dores ou limitações na coluna, é essencial que o animal caminhe ao lado do tutor, e não à frente, forçando o dono a fazer esforço para contê-lo. Quando essa prática não é natural ao cão, o ideal é buscar orientação profissional especializada em adestramento. Ainda assim, mesmo com esse risco, os passeios com o cão podem e devem ser considerados como atividade física válida, segundo Schneiderhan, que recomenda até mesmo a inclusão de exercícios de alongamento e fortalecimento durante a caminhada, como afundos com as pernas ou flexões feitas com apoio em um banco de praça, aproveitando o tempo ao ar livre para movimentar outras partes do corpo.

A boa condução com a guia não beneficia apenas a coluna, mas também as mãos e os punhos, que frequentemente sofrem lesões em tutores por conta do movimento brusco causado por cães que puxam a guia com força. O passeio, que deveria ser um momento relaxante, se torna estressante quando o animal puxa constantemente ou corre em direções aleatórias.

O treinamento correto do cão para caminhar educadamente na guia facilita a rotina, melhora a convivência e exige apenas um pouco de paciência e constância por parte do tutor. Para obter melhores resultados, é importante lembrar que os cães seguem o olhar e a linguagem corporal de seus tutores. Ao caminhar, se a pessoa virar constantemente a cabeça em direção ao animal, ele tende a desacelerar, tentando acompanhar o movimento do olhar. O ideal é que o tutor indique a direção desejada com o corpo voltado para frente, transmitindo claramente a intenção do trajeto.

Quando o cão estiver se comportando bem durante a caminhada, o reforço positivo com petiscos é bem-vindo, desde que feito corretamente. O dono não deve manter o petisco à frente do focinho do animal como isca constante, pois isso faz com que o cão preste atenção apenas na comida, e não em seu tutor. Se o cachorro parar de repente para farejar algo, não se deve puxar a guia com força, pois esse tipo de ação pode gerar uma associação negativa com o equipamento.

A recomendação é parar, chamar o cão diretamente e incentivá-lo a retomar o movimento de forma natural e positiva, atraindo-o com comandos ou com a ajuda de um petisco. Essas atitudes favorecem o bem-estar físico tanto do tutor quanto do animal, promovendo uma relação mais equilibrada e segura durante as caminhadas.

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