O cérebro humano é um órgão fascinante. Estamos apenas começando a compreender de fato como ele aprende, e a cada nova descoberta, revelam-se mais aspectos surpreendentes sobre uma das partes mais importantes do nosso corpo. Um exemplo disso são os achados recentes que indicam que o cérebro humano está quase constantemente emitindo um brilho, e os cientistas ainda não sabem exatamente o motivo. No entanto, estão determinados a descobrir.
Pode parecer estranho imaginar que o cérebro emita luz, mas praticamente tudo no mundo emite algum tipo de fóton, o que significa que tudo está irradiando algum tipo de luz, mesmo que, na maioria das vezes, ela esteja em uma faixa do espectro invisível ao olho humano.
No caso do cérebro, pesquisadores acreditam que o brilho observado pode ser resultado de reações biomoleculares, que geram energia e, como subproduto, liberam fótons. Sendo assim, quanto mais energia um tecido consome, mais brilho ele tende a emitir, o que faz do cérebro o tecido que mais deveria brilhar em todo o corpo humano.
Os autores de um novo estudo acreditam que a relação entre essa bioluminescência e a atividade cerebral pode indicar que a luz exerce um papel mais profundo dentro do cérebro. Essa, porém, não é uma ideia completamente nova. O papel dos biofótons no corpo humano e sua possível função na comunicação celular já vem sendo debatido desde pelo menos a década de 1920.
Foi justamente essa possibilidade que levou os pesquisadores desse estudo a concentrar sua atenção no cérebro. Ao analisá-lo mais detalhadamente, eles confirmaram que ele realmente brilha, graças à emissão de fótons durante a geração de energia. Descobriram também que a presença de luz é maior quando observada diretamente em um cérebro vivo, em comparação ao exame de algumas células isoladas em uma placa de laboratório.
Mesmo assim, isso ainda não revela qual é exatamente a função dos biofótons na atividade cerebral ou na comunicação entre células. Mas oferece mais informações sobre o funcionamento do cérebro e fornece aos cientistas mais uma pista a ser investigada em busca de respostas mais profundas.