O advogado da família de Rodrigo da Silva Boschen, Leonardo Mestre, disse durante uma manifestação no Hipermercado Muffato, no bairro do Portão, em Curitiba, que o corpo do jovem de 21 anos assassinado na semana passada por seguranças do estabelecimento, depois de roubar um chocolate e uma caixa de chicletes, apresentava sinais de tortura: “ o corpo foi encontrado com os pés amarrados, apresentando inequívocos sinais de tortura, bem como múltiplas lesões decorrentes de agressões físicas, em número e intensidade significativamente superiores aos relatos previamente divulgados. Tais elementos reforçam a brutalidade e a covardia do crime perpretado”.
A vereadora de Curitiba, Professora Angela, do Psol, clamou pela responsabilização do hipermercado: ”esse mercado tem as mão sujas de sangue. Esse crime não é isolado, ele faz parte de um sistema que insiste em privilegiar os ricos e insiste em criminalizar os pobres. Quantos mais vão ter que morrer para esse sistema parar de moer a nossa gente? Poderia ser meu filho, o irmão de cada um que está aqui. A reposta tem que vir das ruas”.
O deputado estadual Renato Freitas (PT) também participou da manifestação e falou que há sangue nos produtos do Muffato: “é para pedir justiça que estamos travando os caixas do mercado, não para incomodar as pessoas por 15 minutos de fila. É que tem um corpo no caminho, tem sangue no produto, tem uma mãe de luto na fila”.
Na terça-feira o tema do assassinato do jovem foi discutido na Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) pelos deputados Hussein Bakri (PSD) e Renato Freitas, posteriormente o deputado estadual Goura Nataraj (PDT) se manifestou pedindo justiça.